Diminui desigualdade entre regiões do País em dez anos

Pesquisa revela queda na diferença do nível de educação, longevidade e renda entre regiões brasileirasO Brasil vem passando por uma transformação econômica e social que tem possibilitado melhorar a vida dos brasileiros. A prova disso é a queda na diferença do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre 16 regiões metropolitanas no País. Se em 2000 essa distância era de 22,1%, em 2010 caiu para 10,3%. É o que informa o Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras divulgado nesta terça-feira (25).

A longevidade, a educação e o padrão de vida do cidadão são os componentes considerados na formulação do IDHM para calcular o desenvolvimento humano de uma localidade. O índice vai de 0 a 1, onde quanto mais próximo de um, melhor.

Em uma década, São Paulo cresceu o IDHM em 11,2%, chegando a 0,794, enquanto Manaus aumentou esse índice em 23% (a maior alta registrada no período), passando de 0,585 para 0,720.

Para se ter uma ideia desse resultado, em 2000, o maior índice do país era o da capital paulista e de 0,714. No mesmo ano, os índices das 14 demais regiões ficavam entre 0,6 e 0,699, considerada uma classificação “média”. Já em 2010, todas foram para a faixa entre 0,7 e 0,799, considerada faixa “alta”.

O estudo aponta que a perspectiva de longevidade está entre 67 e 82anos entre as regiões metropolitanas. O método de avaliação mede a expectativa de vida ao nascer e é calculada por método indireto a partir de dados do IBGE. O indicador revela a idade média que uma pessoa nascida em determinado lugar viveria a partir do nascimento, nos mesmos padrões de mortalidade.

Quanto à educação, nos locais analisados com melhor desempenho entre as 16 regiões metropolitanas, o percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade com ensino fundamental completo varia de 91% a 96%. Nas de pior desempenho, a variação fica entre 21% e 37%.

Já relativo à renda per capita média mensal, os valores mais altos em São Paulo alcançam R$ 13.802 e, em Manaus, R$ 7.893,75. No entanto, a diferença para as rendas mais baixas ainda é alta, sendo de, respectivamente, R$ 161,1 e R$ 351,85.

As regiões metropolitanas analisadas foram Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Brasília (Distrito Federal), Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória.

O atlas foi produzido pelo Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro. A elaboração teve como base o Censo Demográfico do IBGE de 2010, apresentando indicadores de desenvolvimento humano como renda, longevidade, educação, demografia, trabalho, habitação e vulnerabilidade nos municípios brasileiros.

Com informações do IBGE e agências de notícias

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