A desconstrução da narrativa delirante alimentada pela elite brasileira, com o apoio político da extrema-direita e de parte da imprensa hegemônica, tem escancarado as verdadeiras intensões por trás do golpe contra Dilma Rousseff e, mais recentemente, na campanha escusa que acabou por eleger Jair Bolsonaro – possível somente porque Lula foi tirado do páreo a partir de uma farsa judicial sem precedentes.
E um dos argumentos usados para justificar a retirada do PT a qualquer custo do poder acaba de entrar para a lista de falácias desmentidas: nesta segunda-feira (18), a cotação do dólar fechou a R$ 4,207, maior valor nominal (sem contar a inflação) da história. O recorde anterior, em valores reais (corrigido pela inflação brasileira) é de 2002, quando a moeda chegou a R$ 4 nominalmente, que hoje seriam R$ 10,80 – portanto, um ano antes do início da gestão petista.
Para os que têm acompanhado os desastres promovidos pela dupla Bolsonaro e Guedes na economia – com retirada de direitos, ataques à aposentadoria e venda descabida de patrimônio público – o aumento do dólar não chega a causar espanto.
Desde janeiro, a gestão federal catastrófica não conseguiu cumprir nada do que prometeu: a queda do desemprego até agora foi irrisória e só ocasionada pelo aumento da informalidade, a previsão do PIB mudou inúmeras vezes e agora está abaixo do anunciado, a indústria e o setor de serviços tiveram resultados negativos históricos no primeiro semestre e desigualdade nunca foi tão grande quanto agora.
O aumento do dólar, portanto, é apenas o estopim de um acúmulo de retrocessos impostos desde o primeiro dia de 2019.
Povo ironiza nas redes sociais
Para não deixar os ataques mentirosos serem esquecidos, a internet logo se prontificou a relembrar as postagens que criticavam de maneira bisonha a gestão de Dilma Rousseff justamente pela…alta do dólar, na época muito abaixo do que hoje sonham os golpistas.