Ao tomar conhecimento da situação de violação aos direitos humanos por qu passam brasileiros presos na Bolívia, o senador Aníbal Diniz (PT-AC) e o secretário estadual de Direitos Humanos do Governo do Acre, Nilson Mourão, se deslocaram até a fronteira com o país vizinho, onde realizaram reuniões com familiares dos presos envolvidos na rebelião, da última segunda-feira (11/02), no presídio Vila Bush na Bolívia, que resultou na morte de um brasileiro.
Aníbal e o secretário também buscaram informações junto ao Consulado brasileiro na Bolívia, além de visitarem os presos feridos e checarem in loco a situação dos brasileiros no presídio boliviano. “O presídio é chocante”, disse o senador lembrando que lá dentro o que vigora é a lei do mais forte. “Todas as informações serão enviadas às autoridades competentes”, afirmou o senador.
No encontro com os familiares dos presos o senador ouviu denúncias de maus tratos e extorsão dentro do presídio boliviano. Já no consulado, Nilson Mourão e Aníbal Diniz cobraram prioridade em algumas ações consideradas emergenciais, como: garantia de vida dos envolvidos na rebelião que foram jurados de morte pelos outros detentos bolivianos; tratamento adequado para o detento que se encontra ferido e precisa ser encaminhado para outra cidade para fazer exames mais detalhados, além de acompanhamento jurídico para os demais brasileiros que se encontram presos no país vizinho.
O senador sugeriu ainda que o Consulado brasileiro faça um relato da situação para que o Ministério das Relações Exteriores tome providências, e, se comprometeu a apresentar esse relato sistemático na próxima na próxima audiência pública da Comissão das Relações Exteriores.
O cônsul Guilherme Barbosa explicou que os relatos estão sendo feitos e que já existe o pedido de transferência dos detentos envolvidos na rebelião. Já o preso que ficou ferido mais gravemente e que necessita de transferência para realizar exames está aguardando decisão judicial.
Atualmente, segundo o consulado, o presídio Vila Bush tem capacidade para 80 pessoas e encontra-se com cerca de 170 detentos, dos quais 33 são brasileiros.
Com informações da assessoria do senador Aníbal Diniz
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