É grave imigração ilegal no Acre, avaliam Aníbal e Jorge

Os senadores foram vez ver de perto o problema e pedir às autoridades a contenção da entrada ilegal de estrangeiros.

É grave imigração ilegal no Acre, avaliam Aníbal e Jorge

A situação em Brasileia está se agravando porque
não há condições de sustentar a permanência

A convite do secretário de Estado de Direitos Humanos, Nilson Mourão, os senadores Aníbal Diniz e Jorge Viana, ambos do PT, voltaram ao município acreano de Brasileia, nesta terça-feira (30), para ver de perto a situação da imigração irregular que continua ocorrendo na fronteira do Brasil com a Bolívia desde a entrada dos haitianos que vieram em busca de refúgio humanitário, após o terremoto de 2010 que assolou o Haiti.

Desde então, 9.388 pessoas de nacionalidade haitiana passaram pelo Acre e, de acordo com o secretário Nilson Mourão, o fato é que após serem recebidos pelo governo brasileiro e o governo do Acre e aqui terem encontrado o mínimo de cidadania, os imigrantes não pararam de chegar. “A situação está se agravando porque não há condições de sustentar a permanência deles aqui”, disse.

Outra questão é que, agora, não são apenas os haitianos que estão migrando em busca de refúgio. Pessoas de pelo menos sete outras nacionalidades estão entrando na América do Sul pelo Equador e vindo parar em Brasiléia. “A política de acolhimento adotada pelo Brasil acabou atraindo mais imigrantes e nos criando outro problema”, completou o secretário.

Segundo o levantamento apresentado, atualmente, cerca de 900 imigrantes estão alojados de forma precária no abrigo improvisado pelo governo. Além dos haitianos, lá estão pessoas vindas do Senegal, África do Sul, Nigéria, Equador, Colômbia, Zâmbia, Bahamas, República Dominicana e Camarões.

Da reunião, da qual participaram também representantes das demais instituições que estão trabalhando no caso, tais como: a Defesa Civil, Segurança Pública e o Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, os senadores Aníbal Diniz e Jorge Viana saíram bastante preocupados e comprometidos em buscar ajuda das autoridades federais.

Rota de coiotes
O Cônsul do Brasil na Bolívia, Guilherme Barbosa, também presente, levantou o grave problema da rota ilegal que foi criada para entrada dos

imigracao-ilegal

 Além dos haitianos, lá estão pessoas vindas do
 Senegal, África do Sul, Nigéria, Equador, Colômbia,
 Zâmbia, Bahamas, República Dominicana e Camarões 

imigrantes no continente sul americano pelo Equador.

Para o senador Aníbal, é necessário que medidas urgentes sejam tomadas no sentido de conter a entrada dos imigrantes. “Esta situação chegou num ponto extremo. Além de grave é muito preocupante não apenas pelos problemas diplomáticos e estruturais, mas está se tornando um problema de segurança nacional. Não podemos permitir a permanência de uma rota ilegal dessas, criada e mantida por coiotes”, enfatizou garantido que, em conjunto com o senador Jorge Viana, irá levar novamente a situação ao conhecimento das autoridades federais e pedir providências.

O senador Jorge Viana acrescentou que o Acre não pode ser acampamento para acolher rotas de coiotes. “Os relatos que ouvimos aqui demonstram a necessidade urgente de tratarmos da questão no âmbito nacional, pois agora voltamos e a situação não melhorou, pelo contrário, está pior, apesar de todo o trabalho que vem sendo realizado pelo governo do Estado. Eu e o Aníbal ouvimos as pessoas, conversamos com o secretário Nilson Mourão, com as autoridades envolvidas no trabalho que vem sendo desenvolvido pelo governo do Estado e vamos levar o caso para as autoridades em Brasília”, reforçou.

Assessoria de Imprensa dos senadores Aníbal e Viana

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