O setor industrial foi responsável pela alta |
A atividade econômica já começou a reagir, ao contrário do mau agouro de fontes ligadas ao mercado financeiro que não se conformam com juros mais baixos e lucros menores. O PIB não estagnou, como previam, e os indicadores econômicos já começam a apontar a retomada do crescimento. Os pessimistas de plantão – com espaço garantido e privilegiado na mídia – disseram que a economia estava andando de lado. Erraram. O primeiro resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado, nesta quarta-feira (20), mostra 1,64%, com relação ao mesmo período do ano passado, mês em que a crise econômica internacional ainda não havia mergulhado em novo período recessivo, por causa da falência de vários países europeus. Com esse percentual em ascensão nos próximos meses, e a aceleração dos negócios projetada para o segundo semestre deste ano, a economia do Brasil poderá crescer mais do que 4% neste ano como espera a presidenta Dilma Rousseff. O País já estará colhendo os bons resultados trazidos pelas concessões de rodovias e ferrovias, melhor situação fiscal dos estados, com aumento no limite na contratação de crédito viabilizada pelo governo federal, redução generalizada dos impostos e manutenção do consumo familiar – entre outros fatores.
Sinal de que a mobilização pelo crescimento encontra-se com toda a velocidade é o substancial aumento do número de empresas em busca de crédito no mês de janeiro , de 19,3%, segundo a consultoria Serasa Experiam – uma referência no mercado. É a segunda maior alta para um mês de janeiro desde o início da medição em 2006. A maior alta foi das micro e pequenas empresas, 20,4%. As médias apresentaram crescimento de 8% e as grandes empresas expandiram a busca por crédito em 5,3%. O setor industrial foi responsável pela alta de 21,4%, o comércio, 19,3% e o de serviços 19%. Esses recursos serão direcionados, na maior parte dos casos, para investimentos que elevarão a produção e irão gerar mais empregos.
O otimismo com o desempenho econômico brasileiro também foi destacado pelo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, que esteve ontem no Palácio do Planalto com a presidenta Dilma Rousseff para discutir projetos financiados pela instituição no Brasil. Moreno não abona as previsões pessimistas reproduzidas diariamente pelos jornais. “A economia do Brasil e de outras partes do mundo têm ciclos. Sou muito otimista e um grande admirador do País”. O executivo disse ainda que a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 deverão atrair grande volume de investimentos para o Brasil nos próximos anos.
Mais investimentos
‘Sou muito otimista e um grande admirador do País” |
Segundo Moreno, este ano, o BID vai investir US$ 2 bilhões no Brasil por meio de parcerias com estados para financiamento de projetos em áreas como saúde, educação, saneamento e infraestrutura. O banco também tem US$ 200 milhões disponíveis para crédito para o setor privado no país. Além desse montante, a instituição estuda ampliar em até US$ 1,5 bilhão os investimentos no Brasil em 2013.
O BID também estuda parcerias com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que, junto com investidores internacionais, poderá participar dos projetos de infraestrutura e logística que o governo pretende lançar.
Com informações da Agência Brasil