O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou em Plenário voto de pesar pela morte do humorista Chico Anysio, aos 80 anos, ocorrida na última sexta-feira (23/03), por falência múltipla de órgãos. O senador também apresentou a condolências à família do humorista: seus oito filhos e a viúva Malga di Paula.
Suplicy afirmou nesta terça-feira (27/03) ter acompanhado a trajetória de Chico Anysio desde a década de 50, quando ele começou a carreira no rádio e depois migrou para a televisão. O senador destacou que o humorista criou 209 personagens ao longo da carreira, cada um com sua própria biografia, que servia, explicou, para que o humorista lhes desse vida.
O senador admitiu já ter ficado incomodado com uma personagem específica criada por Chico Anysio – a aluna da “Escolinha do Professor Raimundo”, Márcia Suplício, uma paródia da senadora Marta Suplicy (PT-SP), sexóloga e, à época, mulher do senador –, mas ressaltou que as criações do humorista não saíram mais do inconsciente popular.
E enumerou bordões eternizados por vários personagens, como “ele só pensa naquilo” de Dona Bela, senhora casta interpretada por Zezé Macedo (1916-1999), ou “captei a vossa mensagem”, de Rolando Lero, interpretado por Rogério Cardoso (1937-2003), ambos “alunos” do professor Raimundo na “Escolinha”.
Para Suplicy, Chico Anysio poderia ser comparado ao compositor polaco Frédéric Chopin, que apesar do grande número de obras criadas, nunca repetiu músicas.
“Uma piada sua nunca foi repetida nesses 50 anos de atividade. O riso é o pastor do ser, o que quer dizer que ele, ao nos provocar gargalhadas ou sorrisos, conseguia manipular os hormônios da alegria e da ternura, que definem o bem estar. Ele foi um oásis num mundo estressante. Daí ser ele um Pelé”, afirmou o senador.
Agência Brasil