“A única coisa que eu gostaria, é que se eles não encontrarem o que eles pensam que tem de errado, que pedissem desculpas”“Eles não têm provas e eu tenho uma história de luta no País”. Assim o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reage toda vez que alguém pergunta sobre as acusações contra ele anunciadas pelos procuradores de Curitiba há pouco mais de uma semana. Sem qualquer medo do enfrentamento, Lula está viajando por diversas capitais do Brasil.
Nessa quinta-feira, no Recife, ele lembrou que investigam a vida dele há muito tempo, mas não encontram provas para acusa-lo, apesar das convicções de quem acusa. “Tenho consciência do ódio que eles têm de mim, por eu ter sido o presidente metalúrgico. Eles querem acabar com o PT porque o PT é o partido da inclusão social no Brasil”, completou”.
O ex-presidente voltou a comentar a articulação entre partes da imprensa, do Ministério Público e da Polícia Federal para deter o avanço das conquistas dos últimos treze anos de administração petista. “No meu caso eu acho que eles erraram um pouco na mão. Hoje você não precisa ser julgado, só precisa ter umas manchetes de jornal contrárias para a pessoa ser condenada na opinião pública”, disse. E prosseguiu: “Eles sabem que eu não preciso de imprensa para ter o carinho do povo brasileiro.” “Depois dessa devassa que estão fazendo, eu espero que me peçam desculpas. A mim e a minha família”.
Para Lula, a elite brasileira despreza o povo. “Eu sou filho de pai e mãe analfabetos, mas com orgulho vou passar para a história como o presidente que mais fez universidades neste país”. Lula enfatizou que “a educação é que garante aos seres humanos, independente da origem social, a igualdade de condições”.
Ele também criticou o pedido de prisão contra o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, detido no Hospital Albert Einstein na última quinta-feira (22), quando acompanhava um procedimento cirúrgico a que foi submetida sua esposa Eliane Berger. Ela luta contra um câncer há pelo menos quatro anos. “É um desrespeito sem tamanho”, definiu Lula.
Na manhã desta sexta-feira (23), Lula falou à Rádio Povo Ceará e voltou a cobrar respeito pela sua pela sua história e compromisso com o país. “A única coisa que eu gostaria, é que se eles não encontrarem o que eles pensam que tem de errado, que pedissem desculpas”, disse o ex-presidente, que a não tem medo da investigação e sempre se colocou à disposição para prestar todos os esclarecimentos.
Questionado sobre uma possível candidatura nas próximas eleições, Lula afirmou que é cedo para falar em 2018, “mas os meus adversários estão me empurrando para ser candidato. Se continuar assim, eles vão votar em mim”, comentou. Mas se a preocupação é com 2018, se precisar, se preparem que eu vou voltar. Eles sabem que quem sabe cuidar desse povo sou eu”, finalizou Lula.
Lula falou ainda sobre as transformações sociais no Brasil durante os governos do PT e afirmou que é necessário colocar o pobre no centro da economia outra vez. “No dia que o país teve um presidente que cuidou do povo pobre, foi possível colocar pobre na universidade. Vamos fazer com que o pobre seja, outra vez, a solução, e não o problema”, concluiu o ex-presidente.
Com informações do Lula.com.br e da Agência PT
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