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Resultados de abril consolidam quarto mês consecutivo de desempenho positivo
A indústria segue em trajetória positiva. De janeiro a abril de 2025, a produção do setor acumulou alta de 1,4%, segundo dados divulgados na última segunda-feira (3/6) pelo IBGE. O resultado confirma a recuperação da atividade industrial, com quatro meses consecutivos de avanço. Em abril, o crescimento foi de 0,1% na comparação com março.
O crescimento no primeiro quadrimestre de 2025 mostra que o setor segue prosperando, apesar de variações pontuais nos índices mensais. Segundo André Macedo, gerente da pesquisa, os dados apontam um cenário de estabilização com viés positivo: “Frente ao patamar de dezembro do ano passado, a atividade industrial já acumula expansão de 1,5%. Além disso, a produção está 3% acima do nível pré-pandemia, embora ainda esteja 14,3% abaixo do pico histórico registrado em maio de 2011”.
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Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (3), o presidente Lula destacou o papel da indústria no desenvolvimento econômico. “Há quanto tempo o brasileiro não ouvia sobre crescimento industrial no país? E estamos revertendo esse quadro com o programa Nova Indústria Brasil, com o crescimento enorme de empresários, crédito através do BNDES, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica”, afirmou.
O senador (PE) e presidente nacional do PT, Humberto Costa, divulgou os bons resultados em suas redes sociais. E lembrou que, quando a indústria avança, “É mais riqueza para o Brasil, é mais qualidade de vida para nosso povo”.
Destaques por setores
Entre os segmentos com melhor desempenho, as indústrias extrativas puxaram a alta em abril, com crescimento de 1,0%. O setor acumula três meses consecutivos de avanço, com uma expansão total de 7,5%. Já a indústria de bebidas subiu 3,6% no período, uma contribuição significativa para o saldo positivo do mês.
Na análise por grandes categorias econômicas, o resultado também foi animador. O setor de bens de capital teve alta de 1,4%. Já o de bens intermediários subiu 0,7%. Por fim o de bens de consumo duráveis viu um crescimento de 0,4%. A única queda veio do grupo de bens de consumo semi e não duráveis, com um recuo de 1,9%, impactado por fatores como estoques acumulados e menor demanda em alguns setores.
Embora o resultado geral siga bastante positivo, com um crescimento de 2,4% no acumulado dos últimos 12 meses, houve uma leve desaceleração frente a março, quando o índice chegou a 3,1%. Já na comparação com abril de 2024, houve uma queda de 0,3%. Essas oscilações, no entanto, não alteram o cenário amplo, favorável ao setor.
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Confiança elevada
A sequência de quatro meses de alta reforça a confiança de empresários e investidores no ambiente industrial. O crescimento de abril, embora tímido, ocorre em um contexto de recuperação e com bons resultados no acumulado do ano.
O desafio agora é manter o ritmo e ampliar os estímulos à produção, especialmente por meio de políticas de crédito, inovação e reindustrialização. E mais do que nunca, é fundamental o Banco Central começar a rever para baixo a taxa básica de juros, atualmente em proibitivos 14,75%, para que o setor possa continuar se desenvolvendo e ajudando a economia.
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