Democracia, civilização, crescimento econômico, redução da desigualdade e programas sociais para eliminar a fome e dar oportunidade aos pobres: um resumo dos avanços históricos que os governos do PT implantaram no Brasil foi a marca da participação da bancada do PT no Senado em reunião promovida por Lula e Alckmin com governadores e senadores que integram a Frente Ampla da Federação Brasil da Esperança em todo o país.
Os sete senadores do PT participaram do encontro, realizado em São Paulo. Jaques Wagner (PT-BA) destacou o principal fator que diferencia o atual processo eleitoral. “Não é como tantas outras, em que tivemos o embate entre dois projetos políticos. Aqui estamos em um embate entre civilização e barbárie, entre a democracia e o autoritarismo. Por isso, para nós que vivemos o Diretas Já, é fundamental reafirmar a democracia e a liberdade de expressão e de opinião”, afirmou o senador.
O transformação que o governo Lula promoveu na vida da população mais necessitada foi lembrada por Paulo Paim (PT-RS). “No seu tempo tínhamos Ministério da Igualdade Racial, a Fundação Palmares existia — agora é uma piada —, tivemos a política de cotas, que mudou a cor das universidades, o Estatuto do Idoso”, elencou. E continuou: As escolas técnicas abraçam quem? Principalmente os mais pobres. A política de salário mínimo abraça quem? Negros e pobres, que dependem dele”, afirmou, destacando ainda que, hoje, o salário mínimo equivale a US$ 240, mas deveria valer o equivalente a U$ 370 se o atual presidente não tivesse enterrado a política de correção implantada por Lula e Dilma.
Para dar uma ideia da repulsa do governo Bolsonaro a benefícios para as mulheres, Paulo Paim lembrou que o Congresso aprovou o projeto de sua autoria que determina salários iguais para mulheres e homens exercendo a mesma função. “Ele não deixa! Fizemos acordo, mandamos para ele sancionar, mas ele mandou de volta para a Câmara dizendo que não poderia sancionar”, denunciou.
34 anos da Constituicão
Na mesma linha, Fabiano Contarato (PT-ES) lembrou o aniversário de 34 anos da Constituição Federal, celebrados nesta quarta (5), para reforçar o caráter cidadão e social do texto. “Faço minhas as palavras de Ulysses Guimarães [presidente da Assembleia Nacional Constituinte]: discordar, sim; divergir, sim; descumprir, jamais! Afrontá-la, nunca! Traidor da Constituição é traidor da Pátria”, disse.
Para ele, o país está hoje entre dois projetos. “De um lado, um presidente que está vilipendiando a Constituição, ataca a OAB, a imprensa, participa de movimentos antidemocráticos para fechar o Congresso e o STF, reduz a participação da sociedade civil. De outro, o projeto de Lula, com ProUni, Pronatec, Pró-Jovem, Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos, Cidades Conectadas, Saiu, Brasil Sorridente, Mais Médicos. Pela primeira vez, o pobre entrou no Orçamento”, relatou.
Por sua vez, Rogério Carvalho (PT-SE) destacou a importância de o Brasil retomar o caminho do emprego, da oportunidade e da democracia. “Demos o primeiro e grande passo para tirar o país da paralisia econômica e retomar o processo civilizatório, que passa por garantir a democracia, garantir que as pessoas voltem a ter dignidade, comida na mesa, emprego e renda, e a economia volte a ter planejamento”, afirmou. “É inaceitável um país tão rico e capaz de gerar oportunidades estar na situação em que se encontra do ponto de vista econômico. Isso reflete a ausência de projeto do atual governo”, concluiu.
Também estiveram no encontro o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), o líder da Minoria, Jean Paul Prates (PT-RN) e o senador Humberto Costa (PT-PE).