Em manifesto organizado por estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) diversos juristas denunciaram os atropelos à lei cometidos pela Lava Jato e que levaram o ex-presidente Lula a se tornar preso político desde 7 de abril de 2018.
O protesto também serviu para reiterar a posição que se alastra por grande parte do Judiciário de que o ex-juiz Sergio Moro deve renunciar ao Ministério da Justiça. Assinam o documento nomes como Valdete Souto Severo, presidenta da Associação Juízes para a Democracia, Celso Antônio Bandeira de Mello, professor Titular de Direito Administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Juarez Cirino dos Santos, professor aposentado da Universidade Federal do Paraná, entre outros.
A iniciativa é mais uma repercussão dos vazamentos de conversas entre Moro e procuradores da força-tarefa que vieram a público no início de junho. No conteúdo publicado inicialmente pelo site The Intercept, Moro coordenava estratégias da acusação, escolhia quem não seria acusado, entre outras condutas.
“O juiz aconselhou, repreendeu e até mesmo executou o papel dos procuradores em determinados momentos. O próprio Moro reconhece e mesmo reafirma sua postura quando diz que não vê nada de errado nos diálogos, embora diga que não se lembra dos textos precisos das mensagens”, afirma o manifesto.