“É uma irresponsabilidade tentar aprovar a reforma trabalhista no Senado”, alertou ontem o senador Lindbergh Farias (PT_RJ), no plenário do Senado Federal . Em seu pronunciamento, Lindbergh denunciou a manobra governista para trazer novamente ao debate o projeto.
Na semana passada, o relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) anunciou em seu twitter (veja abaixo) a suspensão do “calendário de discussões” sobre o tema. “O bom senso determina que é necessário priorizar a solução da crise institucional”, disse ele.
No entanto, o relator voltou atrás nesta segunda-feira e os governistas incluíram a reforma trabalhista na pauta da Comissão de Economia de amanhã, terça-feira, 10h, apesar do agravamento da crise, com o desgaste ainda maior de Temer e do governo.
“Os senhores estão trazendo confusão para dentro do Senado. Nós não admitiremos que isso aconteça. Presidente Eunício, chame uma reunião de líderes. Não vão fazer isso com a gente”, advertiu o senador Lindbergh. No pronunciamento, o senador destacou que o governo aposta apenas em aumentar a exploração sobre os trabalhadores.
Na semana passada, em audiência pública, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator do projeto na Câmara, afirmou que a reforma trabalhista é fruto de uma “ruptura democrática”.
“Diz-se que esse governo não deveria fazer as mudanças porque deveriam esperar o próximo governo eleito. Todas as mudanças que aconteceram em nosso País, a começar pelas questões constitucionais, aconteceram com a ruptura do processo democrático”, disse ele.