Para a senadora, o recorde no número de inscritos e a tranquilidade verificada nos dois dias de provas, comprovam a consolidação do exame. A eliminação de 1.510 inscritos e a abstenção de 28,6% não comprometeram o certame.
Angela destacou as declarações do ministro da Educação, José Henrique Paim, de que o Enem é a porta de entrada para oportunidades aos jovens e aos trabalhadores, promovendo cada vez mais a democratização dessa parcela da população aos programas sociais do Governo Federal. O exame, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), permite ao aluno o uso da nota obtida em outros programas, como o ProUni e o Sisu que, no ano passado, ofereceu 170 mil vagas em 115 instituições públicas de ensino superior.
A senadora, que é professora, elogiou a escolha do tema da redação cobrada no Enem deste ano: “Publicidade infantil em questão no Brasil”. “Trata-se de um tema já debatido aqui no Senado, que diz respeito a toda a sociedade e que vem ganhando visibilidade, tendo em vista a influência cada vez mais frequente da mídia na vida das pessoas no mundo contemporâneo”, afirmou, acrescentando que o uso de temas como este contribui par a formação intelectual dos jovens estudantes.
A realização, em Brasília, nos dias 19 a 23 deste mês, da 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae), que discutirá o Programa Nacional de Educação, também foi destacada pela parlamentar. O tema da conferência é “O PNE na articulação do Sistema Nacional de Educação: participação popular, cooperação federativa e regime de colaboração”. Segundo ela, esse encontro é um espaço aberto à participação da sociedade e que visa a construção da qualidade social da educação pública no País.
“É muito bom quando vemos o povo brasileiro, as instituições, os conselhos de classe, as entidades voltadas para a educação discutindo o PNE e fazendo um amplo debate sobre a importância da valorização dos profissionais de educação, sobre a importância da melhoria dos currículos do ensino médio, do ensino fundamental e sobre a importância de valorizar a inclusão dos nossos jovens, adolescentes e crianças numa educação de qualidade oferecida pelos estados, municípios e pela União”, afirmou.
A parlamentar aproveitou para elogiar, ainda, a recente aprovação pelo Senado do projeto que muda o indexador das dívidas dos estados, que agora passa a ser a variação do IPCA mais juros de 4% ano ou a Taxa Selic, o que for menor, ao invés do IGP-DI mais juros de 6% a 9% ao ano que vinha prejudicando as contas de diversos estados, Roraima, inclusive. “Os últimos dados oficiais disponíveis mostravam que a dívida do governo estadual com o Tesouro Nacional já ultrapassou R$ 2,3 bilhões. É muito elevada para um estado que tem 500 mil habitantes”, disse ela. A dívida de Boa Vista, a capital, já chega a R$ 2,68 bilhões.
“A troca de indexador é indispensável para a retomada da capacidade de investimento, porque apesar de ser grande o esforço da presidenta Dilma, o Brasil está aplicando apenas 2,5% do PIB. Com a mudança que corrige uma injustiça com os estados e municípios, esperamos a retomada dos investimentos para beneficiar quem mais precisa, ou seja, a população”, finalizou.