Divulgação/Porto de Santos
O governo do presidente Lula transformou o tarifaço imposto pelo governo estadunidense em marolinha e, de quebra, fragilizou a família Bolsonaro com sua narrativa ‘patriótica’ e reverteu os danos para a economia com o plano Brasil Soberano.
Por meio dele, em tempo recorde o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 1,6 bilhão em crédito para que empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos encontrassem novos mercados.
“A agilidade na aprovação de projetos para que as empresas busquem novos mercados é resultado do empenho dos empregados do BNDES em atender ao chamado do presidente Lula de não deixar nenhuma empresa para trás. Outras 66 operações, na mesma linha, estão em análise no banco, somando mais R$ 2 bilhões em projetos”, ressaltou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O tempo entre a análise e aprovação de projetos no Plano Brasil Soberano foi de 18 dias, bem abaixo da média usual de 60 dias. O BNDES informou que foram aprovadas 47 operações na linha Giro Diversificação (busca de novos mercados), com destaque para exportação de café (R$ 108,9 milhões), açúcar (R$ 220 milhões), equipamentos elétricos (R$ 191,1 milhões), outros alimentos (R$ 249,7 milhões) e utensílios (R$ 79,5 milhões).
Nas redes sociais o BNDES destacou os setores mais beneficiados e novos destinos como Suíça, Canadá e França.
O jornal Valor Econômico destacou resultados da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE que aposntou que “não há efeito aparente de tarifação nas vendas do varejo em agosto”.
‘Soberania substantiva’
Dos R$ 40 bilhões disponibilizados pelo Brasil Soberano, R$ 30 bilhões são liberados via Fundo de Garantia à Exportação (FGE), administrado pelo BNDES, para empresas que perderam ao menos 5% do faturamento com as sobretaxas de 50% sobre produtos brasileiros. Outros R$ 10 bilhões estão sendo destinados pelo próprio BNDES.
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A revista The Economist de 10 de outubro estampou a seguinte manchete: “Brasil é o grande vencedor da guerra comercial de Trump”. Para o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dawisson Belém, postou na rede X sobre o caráter ‘libertador’ do tarifaço.
“Ironia da vida: o odioso tarifaço libertou o Brasil de velhas amarras psicológicas. Foi um acontecimento da nossa busca pela soberania substantiva”, publicou.
Acesso simples e rápido
O crédito liberado pelo governo via Plano Brasil Soberano visa fazer com que as empresas financiem capital de giro e façam investimentos na adaptação da atividade produtiva, aquisição de máquinas, equipamentos e busca de novos mercados, garantindo emprego e renda dos brasileiros.
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As empresas interessadas devem acessar os critérios de priorização para o acesso ao plano e solicitar o crédito no site do BNDES. Há um vídeo que explica como as empresas devem fazer para acessar o serviço.
O primeiro passo é fazer a autenticação na plataforma GOV.BR por meio do certificado digital da empresa. Após a autenticação, sistema verificará se a empresa é elegível e listará as soluções do Plano Brasil Soberano que poderão ser solicitadas.
Após a confirmação da elegibilidade, as empresas podem procurar os bancos e fazer o pedido de liberação dos recursos. No caso das grandes empresas, também é possível diretamente com o BNDES.
Da ameaça estadunidense ao êxito brasileiro
Dia 30 de julho o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou a ordem que previa, a partir de 6 de agosto, a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados. Na prática quase 700 itens tiveram isenções, como suco de laranja e aeronaves, mas outros 3.800 foram afetados.
Sete dias depois, em 13 de agosto, o presidente Lula lançou o Plano Brasil Soberano para mitigar os impactos econômicos do tarifaço, com estratégias de fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores, incentivo a investimentos em setores estratégicos e diplomacia, assegurando a continuidade do desenvolvimento econômico do país.
Dia 18 de setembro, apenas 12 dias após o início das sanções, o governo brasileiro iniciou a oferta de R$ 40 bilhões em linhas de crédito do Plano Brasil Soberano para proteger as empresas do tarifaço imposto pelo governo estadunidense.
“Com o trabalho dos empregados do BNDES e das mais de 50 instituições financeiras parceiras, estamos conseguindo, com a agilidade necessária, apoiar as empresas brasileiras para que mantenham seus negócios, busquem novos mercados e protejam os empregos”, informou Mercadante no final de setembro.
