Deputado João Daniel (PT-SE) informou à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, ter ficado 4 horas no trânsito entre o aeroporto e a capital venezuelana
O deputado João Daniel (PT-SE) afirmou, em entrevista à colunista Monica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (18), que ficou preso no trânsito entre o aeroporto de Caracas e o centro da capital venezuelana por causa de um acidente.
Segundo ele detalhou, não houve intenção deliberada do governo da Venezuela em dificultar a passagem dos senadores oposicionistas em visita ao país, como alega a caravana liderada por Aécio Neves (PSDB-MG), que afirma ter sido “hostilizada na chegada” ao Aeroporto Internacional Simon Bolívar, em Maiquetía, município vizinho a Caracas.
De acordo com João Daniel, o percurso, feito em carro oficial, levou quatro horas. “Eu desembarquei por volta das 11 horas. Pegamos a estrada, e ela estava bloqueada, pelo que eu soube, por causa de um acidente. Vários carros de venezuelanos estavam retornando e dizendo que não havia previsão para que a via fosse liberada”, explicou ao jornal.
Segundo o deputado petista, o motorista optou, então, por um caminho alternativo para chegar à capital da Venezuela. “Fomos pela costa da praia, subimos e descemos tudo quanto é morro.”
“Estamos na Venezuela, na capital, Caracas, trazendo nossa solidariedade ao povo e ao Governo democrático deste país”, disse João Daniel, em postagem no Facebook, na noite desta quinta.
Caravana Governista – O plenário do Senado Federal aprovou, após as acusações feitas pelos membros da oposição, que uma nova comissão de senadores brasileiros visite a Venezuela. O requerimento foi feito pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Roberto Requião (PMDB-PR) e Vanessa Graziottin (PCdoB-AM)
O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), e o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), além do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), manifestaram solidariedade aos colegas que estão na Venezuela e defenderam a apuração dos fatos naquele país antes de se assumir posições açodadas.
“Pedi que a situação seja apurada, até para que nós conduzíssemos com equilíbrio, justiça e bom senso esse fato que, se ocorrido, evidentemente, representa um incidente que nada ajuda nas relações que o Brasil tem com a Venezuela”, informou Delcídio.