Empresas de telefonia móvel deverão ampliar cobertura nas estradas

Cobertura do sinal de telefonia móvel nas estradas será obrigatório nos próximos leilões da Anatel

 

As empresas de telefonia móvel deverão ampliar a cobertura do sinal nas estradas. As obrigações para começar a expansão estarão nos próximos leilões para destinar frequências para a tecnologia de quarta geração (4G), que serão realizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O objetivo é fazer com que todas as principais estradas brasileiras tenham sinal de celular, para melhorar o sinal e a cobertura no País, disse o presidente da agência, João Rezende.

Atualmente, as empresas de telefonia só têm obrigação de cobrir 80% da área urbana dos municípios, por isso, algumas regiões ficam sem cobertura de sinal de telefonia celular. 

O diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, explica que as empresas não tem obrigação de cobrir aquilo que estiver fora desses 80% das áreas. “Não há, na legislação e nas obrigações de outorga, exigência de cobertura em estradas”, disse.

A ampliação da cobertura não será imposta às empresas que já venceram o primeiro leilão de frequências para o 4G, realizado em junho. Para os novos leilões, segundo Rezende, será preciso um acordo com o Ministério das Comunicações para a liberação da faixa de 700 mega-hertz (MHz), atualmente utilizada pelas emissoras de televisão abertas. A faixa deve ser liberada até 2016, com a migração das emissoras para o sinal digital.

Na última semana, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o governo quer fazer o leilão de 700 MHz em 2013 e explicou que poderão ser destinadas faixas que ainda estão sendo utilizadas pelas emissoras de televisão. Bernardo afirmou, porém, que os vencedores só poderão usar a frequência depois que ela estiver desocupada.

Leilão de tecnologia 4G

O resultado do leilão dos lotes da quarta geração (4G) da telefonia celular foi divulgado no último dia 12 de junho. O principal objetivo, segundo a Anatel, é atender à demanda crescente no País por serviços mais rápidos de telecomunicações e oferecer infraestrutura necessária aos eventos internacionais que o Brasil irá sediar, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Com a nova tecnologia móvel, será possível transmitir dados com velocidade até dez vezes maior que as suportadas atualmente pela tecnologia 3G (terceira geração).

As operadoras Claro e Vivo levaram os dois principais lotes de faixas de frequência em 2,5 giga-hertz (GHz). O primeiro lote foi vencido pela Claro, que ofereceu R$ 844,5 milhões, ágio de 34% sobre o preço mínimo estabelecido no edital (R$ 630,19 milhões). O lote seguinte foi vencido pela Vivo, com lance de R$1,05 bilhões e ágio de 66%.

Já as operadoras TIM e Oi serão obrigadas a prestar serviços de telefonia móvel com banda larga para áreas rurais, em 450 mega-hertz (MHz), e assim, operar no mercado de quarta geração da telefonia móvel (4G), na frequência de 2,5 giga-hertz (GHz).

As ofertas apresentadas pela TIM (R$340 milhões) e pela Oi (R$330,8 milhões) tiveram ágio de 7,9% e de 5%, respectivamente, em relação aos R$315 milhões definidos como preço mínimo pela agência. Com o resultado, a TIM vai oferecer telefonia móvel com banda larga para áreas rurais do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, enquanto a Oi fará cobertura para os estados da Região Centro-Oeste e para o Rio Grande do Sul.

Agência Brasil

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