Fátima: nossa batalha é manter, ampliar e aprimorar os direitos sociaisEm discurso na tribuna na tarde desta quarta-feira (6), a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) lamentou quem preferiu ficar na varanda gourmet batendo panelas ao invés de assistir ao programa político do Partido dos Trabalhadores, até mesmo para acumular massa crítica. A veiculação de ontem à noite mostrou que em doze anos do governo do PT a vida melhorou para todos os brasileiros, onde 22 milhões de empregos foram criados, o salário mínimo foi valorizado e as pessoas puderam ter acesso à casa própria e bens de consumo que antes só existiam nos sonhos e nas vitrines das grandes lojas de varejo.
“Ao contrário do que acontecia antes, o PT entregou para a população mais pobre não só a escola, mas também a faculdade”, destacou Fátima, para, em seguida, comemorar o início das aulas hoje do instituto tecnológico no município de Parelhas (RN). “Participei intensamente dessa luta com o prefeito Francisco de Assis, do PT. Era um sonho ter uma unidade e agora são três na região do Seridó. Quando falo das vitórias do PT, meu estado é exemplo, porque ganhamos mais uma universidade e agora chegamos a 21 institutos federais de educação”, afirmou.
Quem bate panelas certamente virou as costas para enxergar o Brasil real que existe fora dos bairros chiques, talvez por isso o ódio cegue algumas pessoas. “No programa lembramos que não faz muito tempo que lutávamos por ter respeitadas necessidades mais básicas, como comer e ter direito de ir à escola. Falamos de temas que são importantes para o Brasil, como a necessidade de lutar contra o projeto sobre terceirização e que vai tirar direitos de trabalhadores e diminuir os salários”, disse Fátima, acrescentando que “nós não vamos permitir esse retrocesso porque o PT continua ao lado do trabalhador”.
Aliás, Fátima destacou as palavras do presidente Lula a respeito do projeto da terceirização, porque essa matéria “faz o Brasil retornar ao que era no começo do século passado, em que o trabalhador era um cidadão de terceira classe, sem direitos, garantias e sem dignidade”.
O que não é notícia – a costumeira manipulação
Enquanto a mídia tupiniquim anunciou entusiasmada o panelaço das varandas gourmets, a senadora Fátima Bezerra observou que nessa ilha de notícias tendenciosas, o jornal Valor Econômico mais uma vez fez diferença para tristeza dos que torcem contra o Brasil. Em sua manchete de hoje, a notícia positiva aponta que o capital estrangeiro já fez a bolsa de valores subir 16%. De janeiro até agora o total de investimentos em ações equivale a 86% do que foi aplicado em todo 2014. Há quem afirme que o País pode repetir o feito de 2009, logo após a eclosão da crise global, quando a bolsa brasileira subiu 82,6% em reais e 145,2% em dólares. “O executivo de um banco afirmou que estamos vivendo um momento histórico, onde a tempestade perfeita virou contra quem está apostando na queda”, disse.
“Infelizmente, outros jornais levam para a primeira página notícias de que manifestantes resolveram bater panela durante o programa do PT na noite de ontem, com a costumeira manipulação do fato real. A Folha de S.Paulo, por exemplo, diz que as manifestações ocorreram em dez capitais. Já o jornal O Estado de S.Paulo detém-se na contagem como “diversas capitais, mas não no Brasil inteiro”, enquanto o jornal O Globo, com seu evidente exagero, publica que as manifestações ocorreram “em todo o País”.
Outro fato que não saiu na mídia foi noticiado pela jornalista Mônica Bergamo em seu comentário na Band News. Disse a jornalista que o País está prestes a atingir uma marca histórica ao registrar neste mês 5 milhões de microempreendedores individuais, pessoas que abriram seus próprios negócios com no máximo um empregado e que faturam até R$ 60 mil por mês. “São manicures, camelôs, costureiras, marceneiros e outros profissionais que na última década, aproveitando os incentivos do governo, deixaram a informalidade. Pagando cerca de R$ 40 por mês, passaram a ter direitos como aposentadoria e auxílio doença. A cada dia no País, três mil microempreendimentos novos são abertos”, afirmou. Se o número de microempreendimentos for somado ao de pequenas e microempresas com até dez funcionários, são doze milhões de estabelecimentos gerando emprego e renda para pessoas que não têm tempo de sobra para bater panelas.