O Equador volta às urnas no dia 2 de abril, no segundo turno das eleições presidenciais. Por apenas meio ponto percentual, a contenda deixou de ser decidida na primeira rodada, realizada no último domingo (19). O primeiro colocado é Lenin Moreno, apoiado pelo atual presidente da República Rafael Correa, que comemorou a vitória das forças aliadas na disputa para a Assembleia Nacional e para o Parlamento Andino.
“Mais de 10 pontos percentuais de diferença, uma frente de um milhão de votos, e ficamos a meio ponto de ganhar no primeiro turno”, admitiu Correa em uma conversas com correspondentes estrangeiros em Quito, a capital do país. “Vamos então ao segundo turno e os derrotaremos no dia 2 de abril”.
Correa está desde 2007 à frente de um dos bem-sucedidos governos de esquerda na América Latina. Ele está encerrando seu terceiro mandato consecutivo com alto grau de popularidade (suas duas reeleições foram em primeiro turno). Seu programa, chamado de Revolução Cidadã, se caracteriza por profundas reformas políticas, econômicas, sociais e educativas e respeito pelas tradições dos povos originais que vivem no território equatoriano.
Pela lei eleitoral do Equador, um candidato precisa obter mais de 40% dos votos e ficar dez pontos percentuais à frente do segundo colocado para se eleger em primeiro turno. Para Lenin Moreno, faltou meio ponto percentual. Esse resultado ainda não foi oficializado pelo Conselho Nacional Eleitoral, mas já não há mais margem estatística para que Moreno alcance a diferença necessária para vencer na primeira rodada.
Na última quarta-feira (22), a contagem dos votos atingiu os 99,5% do total. Moreno alcançou 39,3% e seu opositor, o conservador Guillermo Lasso, 28,1%.
Com informações de agências online
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