O Ministério das Comunicações desenvolve uma solução nacional que vai contribuir para baratear o acesso à internet via rádio: um terminal do usuário que deverá beneficiar, principalmente, os pequenos provedores de internet e seus clientes. O produto, conhecido no mercado como CPE, tem a função de captar o sinal da internet e direcioná-lo para o computador do usuário.
O gerente de projeto do Departamento de Banda Larga do Ministério das Comunicações, José Gustavo Gontijo, explica que a demanda surgiu a partir de reuniões entre o governo e os pequenos provedores de internet. “Nós evidenciamos que o custo deste equipamento, atualmente comercializado por cerca de R$ 300 e R$ 400, dependendo do modelo e do fabricante, tem sido um obstáculo para expandir ainda mais a internet popular. Quer dizer, muitas pessoas que podem pagar a mensalidade de R$ 35 não têm condições de adquirir o terminal”, revela.
A expectativa, segundo Gontijo, é que o produto nacional seja vendido por metade do valor praticado atualmente, uma vez que contará com isenção dos tributos nacionais. “Nós vamos buscar todas as formas de baratear este equipamento, usando os mecanismos já existentes, como o Processo Produtivo Básico (PPB) e a Lei do Bem”, esclarece.
Gontijo destaca também que foi levado em consideração o fato de que, muitas vezes, os pequenos provedores não podem facilitar a aquisição deste equipamento para o seu cliente, dividindo seu custo em parcelas mensais, como fazem as grandes operadoras. “Quando se tem uma pequena quantidade de clientes, isso fica economicamente inviável”, ressalta. De acordo com o gerente de projeto, a participação dos pequenos provedores no Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) tem sido fundamental para garantir a expansão da banda larga no País.
O novo terminal do usuário, que se encontra em fase de produção, terá capacidade para trabalhar com qualquer velocidade de internet e não apenas nas conexões de 1 mega, ofertadas pelo PNBL. “O produto estará disponível no mercado e poderá ser utilizado por todas as empresas e não apenas pelos pequenos provedores”, garante Gontijo.
Ministério das Comunicações