Escândalos mostram que sistema político do País está falido, diz Viana

Escândalos mostram que sistema político do País está falido, diz Viana

Viana: PT é o terceiro partido colocado em número de envolvidos em esquemas, atrás do PP e do PMDB. Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoAs novas notícias relacionadas aos escândalos na Petrobras, segundo o senador Jorge Viana (PT-AC), mostram que o sistema político brasileiro está falido. A referência feita pelo parlamentar, em discurso ao plenário nessa segunda-feira (6), é quanto às denúncias do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, de que R$ 100 milhões de dólares foram desviados num único contrato da companhia à época em que Fernando Henrique Cardoso era presidente da República.

“Fico estarrecido ao ler os jornais hoje, pois isso mostra que faliu completamente o sistema político-partidário deste País. E não é contra o PT, não é contra um partido ou outro. Quando se faz um apanhado dos partidos que têm maior número de envolvidos nesses esquemas todos, o PT é o terceiro partido colocado, pois vêm antes o PP e depois o PMDB”, disse o senador petista.

Para ele, esse cenário exige medidas como uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva para reformar as regras políticas e eleitorais e, com isso, combater a corrupção e pacificar o País.

“Todos nós, independentemente de partidos, temos que refletir, especialmente aqui no Senado, que o caminho que nós pegamos, de um impeachment sem tipificação de crime, com dois presidentes no país, não é solução, é agravamento dessa situação”, disse Viana.  Ele acredita que é preciso uma conversa suprapartidária para a democracia seja reestabelecida no País.

O parlamentar ainda defendeu a votação de novas regras para regulamentar o processo de impeachment, já que as que estão vigentes foram elaboradas em 1950 e precisam ser adequadas ao momento atual.

Viagens de Dilma

Durantes o discurso, Viana ainda criticou as medidas do governo interino que limitam as viagens da presidenta afastada, Dilma Rousseff, e dificultam o funcionamento e o acesso ao Palácio do Alvorada, local onde ela está despachando nesse período de afastamento.

“Ficam questionando por que a presidenta tem que viajar. Ora, ela é a presidenta eleita. O interino é o presidente Michel Temer. Então, faço um apelo aos que ocupam o Palácio que não criem mais problemas onde já temos de sobra. Não custa nada nós cumprirmos a Constituição”, ponderou.

 

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