Escolas do Semiárido terão 10 mil cisternas em três anos, diz ministra

Escolas do Semiárido terão 10 mil cisternas em três anos, diz ministra

Só este ano, cinco mil novas cisternas devem ser construídasSomente em 2016, cinco mil cisternas serão construídas em escolas públicas do Semiárido e, em três anos, o objetivo é chegar a 10 mil cisternas. A previsão é da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello. Nessa quarta-feira (20) ,ela apresentou o balanço das ações de acesso à água no Semiárido e na Amazônia e falou sobre as perspectivas do Programa Cisternas para 2016 – projeto que conta com a parceria da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA).    Estamos executando o maior programa de readaptação ao clima do mundo, seja do ponto de vista da população atingida ou do território. Conseguimos levar água para 4 milhões de pessoas no Semiárido, um território que equivale a quase duas Franças”, disse a ministra.   Ao apresentar o balanço do programa, Tereza Campello informou que, em 2015, foram construídas 125,7 mil novas cisternas para o consumo humano, o que totaliza mais de 1,2 milhão de unidades desde 2003. Outras 158 mil tecnologias sociais de apoio à produção foram construídas entre 2011 e 2015. Além disso, 1,7 mil escolas rurais já estão utilizando cisternas de 52 mil litros para garantir a água para o consumo e para preparar a alimentação dos alunos.     Chuvas   “Depois de um período de estiagem de cinco anos, caiu uma chuva inesperada e conseguimos encher as nossas cisternas, garantindo que a população tenha água potável para beber e cozinhar pelos próximos oito meses”, afirmou.   A ministra ressaltou também que ainda há muito a fazer. “Precisamos continuar construindo cisternas de primeira água [para o consumo humano] para quem ainda não tem. Temos que avançar na construção da cisterna de segunda água [para produção] e em territórios fora do Semiárido”, disse. “A falta de água é a expressão mais dramática da pobreza”.   Ela explicou ainda como o acesso à água e as ações de convivência do sertanejo com o Semiárido contribuíram para a redução da pobreza extrema no país. “A meta de extrema pobreza das Nações Unidas para 2030 é de chegar a 3%. Nós já estamos abaixo disso graças a políticas como o Programa Água Para Todos, o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar], o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], o Seguro Safra. Mas não podemos achar que chegamos a 2,5% e acabou o nosso trabalho”, afirmou.   Além de combater a insegurança alimentar e nutricional, o acesso à água é fundamental para garantir que os estudantes não tenham aulas canceladas durante o período de estiagem por falta de água. O investimento total na ação é de R$ 69 milhões.   Os reservatórios serão produzidos a partir de uma tecnologia considerada simples e barata: a cisterna de placa. A aposta neste tipo de investimento começou a ser feita no ano passado, quando 1,7 mil cisternas foram instaladas em escolas do semiárido. “O programa é novo. Nossa ideia é chegar a 10 mil cisternas em três anos, mas acredito que alcançaremos este número antes”, afirmou Tereza Campello.   Amazônia   O Programa Cisternas também está investindo em ações de acesso à água de qualidade e saneamento para beneficiar 2,8 mil famílias de oito reservas extrativistas da Amazônia. A iniciativa é coordenada pelo Memorial Chico Mendes com recursos do MDS, no valor de R$ 35 milhões. Apesar da abundância de água na região Amazônica, a população de baixa renda não tem acesso à água potável. Como a regularidade da chuva lá é grande, os sistemas implantados pelo projeto permitem melhor aproveitamento da água pluvial, que reservada e tratada de forma adequada é própria para o consumo e outros usos domésticos. Com o projeto Sanear Amazônia, serão implantadas duas tecnologias: sistemas pluviais de Multiuso Autônomo e Multiuso Comunitário. No sistema multiuso autônomo, cada família poderá captar, armazenar e filtrar até seis mil litros de água a cada período chuvoso. Já no multiuso comunitário, também será instalado um módulo complementar de abastecimento com uma rede de distribuição, acionado quando esgotar as reservas domiciliares.   Com informações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Portal Brasil   Foto: MDS

 

 

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