Dilma: Brasil teve, ao longo dos últimos seis anos, que segurar a onda. Um verdadeiro tsunami da crise internacionalO Brasil possui uma estrutura bancária sólida que, ao contrário do ocorrido em outros países, não tem sido afetada pela crise financeira internacional. Foi o que afirmou na segunda-feira (30) a presidenta Dilma Rousseff, durante a inauguração de empreendimento do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em Capanema (PA). Ela acrescentou que o País enfrenta algumas dificuldades, mas reiterou sua certeza de que elas são passageiras, graças às bases sólidas da economia nacional.
“O Brasil tem uma estrutura bancária que não está nem um pouco comprometida, como é o caso de outros sistemas financeiros. Como é o caso de países desenvolvidos”, disse a presidenta. Ela ressaltou que isso ocorre inclusive depois de o governo ter feito um grande esforço para reduzir o impacto da crise na economia brasileira. “O Brasil teve, ao longo dos últimos seis anos, que segurar a onda. Um verdadeiro tsunami da crise internacional, que desempregou 60 milhões de pessoas na Europa”.
Dilma acrescentou que a crise tirou direitos e acabou com a garantia de emprego em muitos lugares. “Enfim, produziu uma catástrofe social a ponto de países, como a Espanha, terem um volume de desemprego que a gente jamais conheceu, em torno de 18%. E quando você olha para a juventude, chega a 32%. O Brasil não fez isso”, disse.
Segundo a presidenta, essa catástrofe foi evitada devido à ação do governo, mas agora é preciso ajustar a economia. Mas que as conquistas obtidas serão preservadas. “Nós trouxemos [a responsabilidade de combater a crise] para o governo federal. Subsidiamos créditos. Desoneramos. Agora, vamos fazer um reajuste nessas políticas. Vamos continuar desonerando, por exemplo, a cesta básica. Vamos continuar dando subsídio ao crédito, com é o caso do Minha Casa, Minha Vida. Vamos continuar garantindo programas sociais, como o Bolsa Família”.
Ainda sobre o ajuste, a presidenta Dilma Rousseff enfatizou que as mudanças são pontuais. “Uma coisa é você ter de ajustar um pouco seu orçamento. Outra coisa é você ter de reforma tudo. Nós não temos de reformar tudo. Porque o Brasil tem uma base sólida. É um país que tem reservas em dólar suficiente para aguentar qualquer crise internacional de volatilidade”.
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