Respondendo as perguntas do relator Marco Maia (PT-RS) sobre Pasadena, Melo de Azevedo disse que assumiu o posto na Petrobras America em dezembro de 2008 – depois, portanto, da compra da refinaria. Ele disse que apenas acompanhou o processo de arbitragem com a empresa belga Astra Oil, sócia da Petrobras no empreendimento.
“Não tive nenhuma reunião com ninguém da Astra nos quatro anos em que estive à frente da Petrobras América. A aquisição da refinaria foi em 2006 e 2007. Quando cheguei, em 2008, o processo de arbitragem já estava em andamento”, esclareceu.
Provavelmente irritados pela resposta do depoente, os deputados oposicionistas insistiram em ilações e ataques pessoais. Falando pela liderança do PT na Câmara, o deputado Afonso Florence (BA) mencionou, por diversas vezes, o que chamou de “comportamento sereno” do executivo, convocado por um requerimento assinado pelos deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR).
Melo de Azevedo negou ter participado do litígio aberto entre a Petrobras e a empresa belga. Segundo afirmou, o procedimento arbitral foi conduzido pelo setor jurídico da Petrobras, que recebia instruções da diretoria internacional da empresa e, por sua vez, estava ligada à diretoria executiva. “Na verdade, em relação à refinaria, gastei 95% do meu tempo para melhorá-la em termos operacionais”, disse, negando ter ingerência sobre as questões judiciais que envolveram o caso.
Na abertura da reunião, José Orlando Melo de Azevedo apresentou-se como engenheiro formado pela Politécnica da Bahia e funcionário concursado da Petrobras desde 1978.