Exploração de petróleo e gás no Acre ocorrerá com segurança ambiental

Segundo o senador, a licitação sairá até
}outubro e a prospecção será fora das áreas
indígenas

O potencial da região do Vale do Juruá, entre o Acre o Amazonas, para a exploração de gás natural foi o tem do pronunciamento do senador Aníbal Diniz (PT-AC) nesta segunda-feira (22), na tribuna do Senado. Aníbal comemorou o anúncio, pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), de um prazo até o próximo outubro para que seja realizada a licitação, que definirá as empresas que farão a prospecção necessária à comprovação da existência e da viabilidade econômica de uma importante jazida de gás e petróleo na área.

“Para nós, povo do Acre, foi uma notícia muito importante, especialmente porque veio acompanhada de uma segurança ambiental completa”, informou o senador. Já foram realizados estudos aéreos e sísmicos, todos fora das áreas indígenas. “Temos total garantia de que há a preocupação de fazer a prospecção de petróleo e gás na região e, ao mesmo tempo, proteger as áreas indígenas”, afirmou Aníbal, que em todos os contatos com a ANP constatou o cuidado em garantir uma exploração ambientalmente correta e preocupada com a preservação e com a qualidade de vida da atual e das futuras gerações.

O senador relatou a visita que fez, há alguns anos, à área de exploração de Urucu, no Amazonas, onde a extração de gás e petróleo respeita todas as necessidades da preservação ambiental. Caso seja comprovada a existência das jazidas no Vale do Juruá, Aníbal acredita que essa nova atividade econômica representará a redenção do povo da região. “A preocupação central do Governo do Acre é usar os benefícios da energia que vai ser gerada justamente para proporcionar melhor qualidade de vida e mais investimento ambiental sustentável no estado do Acre”, garantiu.

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Sou um defensor intransigente do uso sustentável
da nossa floresta e da conservação dela

Em aparte, o senador Jorge Viana (PT-AC) destacou a importância da confirmação dessa descoberta para todo o País. Ele lembrou que a prospecção de petróleo na Amazônia e no Acre já ocorreu, há décadas, “e não chegou a bom termo do ponto de vista econômico”. Só com a possibilidade de licitar a prospecção — quando empresas privadas assumirão o risco de buscar a jazida — permitiu que nova investida fosse feita. Ele também garantiu que a defesa dos povos indígenas e do meio ambiente são hoje prioridades no Acre e lamentou que “alguns desinformados ou que tenham compromisso com a desinformação sempre tentem fazer questionamentos” sobre a responsabilidade do estado no trato com essas questões.

“Não há possibilidade de se fazer grandes mudanças no Acre, mesmo que se encontrem petróleo e gás”, afirmou Viana. Sou um defensor intransigente do uso sustentável da nossa floresta e da conservação dela. Agora, não me restrinjo só à floresta. É muito importante que encontremos uma maneira de explorar os recursos minerais e os recursos naturais que o Acre tem, de forma sustentável. E é esse o propósito”, afirmou Viana.

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