Exportações do agronegócio em março somam US$ 7,97 bi


Vendas de soja e seus derivados chegaram a US$ 3,62 bilhões, valor 64,8% superior ao registrado no mesmo mês de 2013

Exportações do agronegócio em março somam US$ 7,97 bi

Agronegócio, com exportações em alta e
queda nas importações, tem papel
importante na balança comercial brasileira

As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 7,97 bilhões em março, 3,7% a mais do que o mesmo mês do ano passado. Também no mês passado, as importações totalizaram US$ 1,42 bilhão, queda de 7% na mesma comparação com o mesmo período de 2013.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a exportações de produtos do complexo soja implicou US$ 3,62 bilhões, com o embarque de mais de 7 milhões de toneladas. O item soja em grãos somou exportações de US$ 3,15 bilhões. Em relação a março de 2013, o crescimento das vendas foi de 64,8%.

O segundo item do complexo soja que se destacou foi o farelo, com vendas externas de US$ 363 milhões, valor 17,1% superior ao de março do ano passado. A exportação de óleo de soja somou US$ 114 milhões, mas houve queda de 26,6% na mesma comparação.

O principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, entre os blocos econômicos ou regiões geográficas, foi a Ásia, cujas vendas atingiram US$ 4,08 bilhões, 29,8% a mais do que em igual período do ano passado. A China comprou US$ 2,88 bilhões desses produtos, 65,5% a mais que em março de 2013.

Outros países que incrementaram as compras de produtos do agronegócio brasileiro foram Hong Kong (17,7%, US$ 707 milhões); Alemanha (9,5%, US$ 629,55 milhões); Venezuela (25,4%, US$ 627,45 milhões); Itália (2%, US$ 507,59 milhões); Egito (11,8%, US$ 417,33 milhões), Irã (18%, US$ 384,2 milhões); Argélia (64,1%, US$ 322,96 milhões); França (0,3%, US$ 300,96 milhões) e Indonésia (1%, US$ 276 milhões).

IPCA em março fica em 0,92%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) relativo a março, divulgado hoje pelo IBGE, ficou em 0,92%. Por conta da pressão nos preços dos alimentos, a inflação foi superior ao índice de fevereiro, 0,69%. Em março do ano passado, havia ficado em 0,47%. No acumulado deste ano, a inflação situa-se em 2,18% e, em doze meses, em 6,15%, dentro do intervalo de metas de inflação. O centro da meta é de 4,5%, podendo variar 2% para cima ou para baixo.

A tendência natural dos preços dos alimentos, a partir de abril, como ocorreu em anos passados, é de retração. Em 2013, por exemplo, o item alimentação e bebidas pesou na composição dos preços, pois a alta foi de 1,92% em março e sua influência no resultado final chegou a 51%. O resultado para março, portanto, não serve para justificar eventual discurso da oposição de a inflação estaria descontrolada.

Marcello Antunes

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