Usurpador também prometeu aprovar MP que congela gastos públicosNão fosse pela agência internacionais de notícias, como a alemã Deutsche Welle, talvez os brasileiros ficassem sem saber da dimensão das promessas que o governo ilegítimo vem fazendo por aí. Falando a cerca de 250 empresários em Nova York, na última quarta-feira, Michel Temer garantiu a realização de uma “reforma radical” no sistema previdenciário e que esta proposta—a despeito de diversos desmentidos típicos de períodos eleitorais—deverá aportar na Câmara dos Deputados já no mês que vem. Outra promessa de Temer é realizar uma “readequação” da legislação tributária.
O chefe do governo ilegítimo falou aos empresários durante um almoço, no último dia de sua viagem oficial aos Estados Unidos. Para angariar investidores para o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) — já descrita pelo senador Humberto Costa (PT-PE) como “um mal-ajambrado pacote de privatizações; uma espécie de privataria que deixaria com inveja a mais alta dinastia tucana — Temer garantiu que o Brasil vive uma estabilidade política “extraordinária”, assegurada, segundo ele, por uma “relação muito adequada entre o Executivo e o Legislativo”.
Outra “garantia” dada aos empresários foi a lépida aprovação da PEC 241, que institui um teto aos gastos públicos. Segundo Temer, já haveria sinalização dos líderes partidários de que a matéria será aprovada ainda este ano.
Emulando o tato diplomático de seu chanceler José Serra, Temer também comentou a manifestação das delegações de seis países (Equador, Venezuela, Costa Rica, Nicarágua, Bolívia e Cuba) que deixaram o plenário das Nações Unidas durante seu discurso, na terça-feira (20), em protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff. “Eram 193 delegações, nem percebi a saída deles”.
Cyntia Campos, com informação da Deutsche Welle
Leia a reportagem original da Deustche Welle (em português)
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