Para o senador, é impossível projetar quando o país sairá de vez da crise causada pelo Coronavírus. Isso por conta do tamanho continental do território nacional e das medidas diferentes que foram adotadas em cada estado ou cidade. Ele afirma que a curva de crescimento de casos da doença foi achatada, mas ainda assim a doença terá picos em momentos diferentes em cada lugar.
Confira a entrevista em vídeo e texto:
“Nós estamos tendo um alongamento da curva, mas nós vamos ter vários picos em várias regiões do país, então não dá para a gente falar. A gente pode falar que São Paulo vai ter um pico primeiro do que Brasília, junto com o Rio de Janeiro”, comentou.
Ele explica que a partir do momento em que alguns lugares conseguirem controlar o contágio e relaxarem suas medidas de isolamento, essas regiões podem sofrer com novas ondas de contaminação. De acordo com o senador, o cenário se agrava com a falta de organização central do governo.
“Então a gente tem um cenário, num país continental como o Brasil, e com a ausência de uma coordenação centralizada mais efetiva, a gente corre o risco de ter vários picos ao longo deste ano, com várias ondas de mortes e grande número de infectados”, completou.
Para que essa projeção não se concretize, na opinião de Carvalho, é preciso manter as regras de isolamento. Para ele, esse é o único método realmente comprovado para diminuir a propagação da doença. A redução do contato social, contudo, estaria sendo usada como ferramenta ideológica pelo governo e pelo presidente.
“Nas ciências humanas, o saber fazer é só um instrumento de disputa ideológica e nós estamos vendo isso agora. Você tem um saber fazer acumulado que diz qual é o melhor caminho para diminuir o número de mortes e evitar a expansão rápida da pandemia, que é a quarentena, mas virou só um instrumento de disputa ideológica”, declarou.