Mais de sete mil trabalhadores do campo, da cidade, das florestas e das águas, de diversos países, marcharam ontem (22), Dia Mundial da Água, pelas avenidas de Brasília em defesa do recurso como bem público e direito humano para todos e contra a presença do setor privado, que avança sobre a exploração de fontes, sobre a distribuição, a comercialização e o controle dessas reservas.
“Água é um bem comum e deve ser preservada e gerida pelos povos para as necessidades da vida, garantindo sua reprodução e perpetuação. Por isso, nosso projeto para as águas tem na democracia um pilar fundamental. É só por meio de processos verdadeiramente democráticos, que superem a manipulação da mídia e do dinheiro, que os povos podem construir o poder popular, o controle social e o cuidado sobre as águas, afirmando seus saberes, tradições e culturas em oposição ao projeto autoritário, egoísta e destrutivo do capital”, afirma um trecho da declaração final.
Em seis dias, o Fama 2018 realizou mais de 200 palestras, debates, seminários, painéis, atividades autogestionadas e assembleias. Organizado por 37 entidades ligadas aos povos e comunidades tradicionais, indígenas, camponeses, mulheres, religiosos, movimentos sindicais e ambientais, Ongs e comitês criados nos estados para o encontro. Participaram ainda mais de 170 representantes internacionais, de países dos cinco continentes.