Medidas adotadas pelo governo Lula, como a valorização do salário mínimo, a atualização da tabela do Imposto de Renda o novo Bolsa Família, permitiram que as famílias brasileiras comprassem mais em 2023, especialmente no fim do ano.
É o que mostra pesquisa apresentada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Segundo o levantamento (acesse aqui os dados), o consumo nos lares brasileiros teve alta de 3,09% em 2023, na comparação com o ano anterior. O resultado é maior do que a entidade havia projetado (2,50%).
Em dezembro, o aumento foi de 18% em relação a novembro, maior resultado registrado nos últimos dois anos. E, quando se comparam dezembro de 2023 e dezembro de 2022, a alta observada no consumo foi de 10,73%.
Comer ficou mais barato
O estudo também confirma o que outros levantamentos já apontaram: no primeiro ano do governo Lula, comer ficou mais barato. O Abrasmercado, indicador que mede a variação de preços nos supermercados, encerrou o ano com queda 4,22%, maior redução registrada desde 2017.
O índice leva em conta 35 produtos de largo consumo, incluindo alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza. Mas, segundo a Abras, as maiores quedas ocorreram nos alimentos.
Na cesta de 12 produtos alimentícios básicos, nove dos itens avaliados ficaram mais baratos em 2023:
- Óleo de soja (-28%)
- Feijão (-13,78%)
- Carne bovina – cortes do dianteiro (-11,60%)
- Carne bovina – cortes do traseiro (-9,44)
- Farinha de trigo (-9,14%)
- Café torrado e moído (-9,07%)
- Leite longa vida (-7,82%)
- Margarina cremosa (-6,38%)
- Massa sêmola de espaguete (-2,34%)
Dessa cesta, só três produtos tiveram alta: arroz (+24,54%), açúcar (+11,20%) e farinha de mandioca (+5,02%). Assim, esse conjunto de produtos, que custava R$ 317,56 em dezembro de 2022, terminou 2023 custando R$ 302,24, uma redução de 4,82%.