O novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano, disse hoje (15) que a entidade vai abrir mais três escritórios no Brasil no início de 2012. Segundo ele, a decisão já foi negociada com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, com o objetivo de acompanhar de perto o desenvolvimento sustentável em diferentes partes do país. Uma proposta será apresentada em janeiro para a abertura de um escritório no estado do Paraná, um na Região Nordeste e outro na Amazônia.
“Queremos abrir o mais rápido possível, já pensando na Rio + 20”, disse Graziano à Agência Brasil, referindo-se à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, marcada para junho de 2012, no Rio de Janeiro. O encontro conferência tem como objetivo garantir o comprometimento político das nações com o desenvolvimento sustentável e avaliar os avanços e as falhas quanto à implementação das decisões de outros encontros.
Atualmente, a FAO tem no país apenas um escritório em Brasília, funcionando há 32 anos. Graziano informou que foi acordado com a ministra do Planejamento, por sugestão dela, que os escritórios sejam abertos em prédios públicos, que poderão estar em uma universidade ou até mesmo em uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nas regiões escolhidas. A escolha do Paraná, explicou Graziano, deve-se à força da agricultura familiar no estado. O estado do Nordeste e o da região amazônica ainda serão definidos.
Graziano, que assume no início de janeiro o comando da FAO, na sede da entidade em Roma, apresentou-se hoje ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e o convidou para chefiar a delegação brasileira na Conferência Regional da FAO, que será realizada em Buenos Aires na última semana de março.
“É a primeira conferência autônoma, que vai tomar decisões e reportar à FAO”, disse Graziano. Segundo ele, no encontro também será definido o plano de trabalho para a região até 2019. Durante sua campanha para a Direção-Geral da FAO, Graziano defendeu a descentralização da entidade, com mais poder de decisão para os escritórios regionais.
Agência Brasil