Fátima alerta para risco de retrocesso grave sobre direitos das minorias

Fátima alerta para risco de retrocesso grave sobre direitos das minorias

Fátima: governo golpista adota pauta conservadora e retrógradaDireitos de minorias conquistados depois de muita luta da sociedade estão sob ameaça com o governo golpista, conservador, retrógrado e machista que tomou conta do Palácio do Planalto. De acordo com a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), há ameaças claras às conquistas da população LGBT, mulheres, negros, indígenas, quilombolas e outras minorias quando um governo adota medidas que se mostram totalmente contrárias à pauta da não-violência. 

“Vivemos um momento difícil”, resumiu, lembrando que Temer, nos primeiros dias de governo, decretou o fim do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. “Com um detalhe: transferiu para o Ministério da Justiça a Secretaria de Políticas para as Mulheres e nomeou, para aquela Secretaria, alguém por quem temos respeito, do ponto de vista pessoal, mas uma pessoa com perfil conservador, que já se posicionou contra diversas conquistas femininas, como os direitos sexuais, reprodutivos, ou seja, uma agenda historicamente, defendida pelo movimento de mulheres e pelos Movimentos feministas”, explicou, se referindo à ex-deputada Fátima Pelaes. 

Ela ainda lamentou o episódio ocorrido nesse final de semana em Orlando, na Flórida, quando um atirador causou a morte de pelo menos 50 pessoas em uma boate gay. Para Fátima, o crime representa “todos aqueles atentados diários que presenciamos contra os direitos humanos, fruto de um discurso de ódio que se expande a cada dia e que em nosso País tem sido alimentado inclusive por governantes e parlamentares”. 

A parlamentar alertou para o agravamento, no Brasil e no mundo, de “doenças” como o racismo, o ódio religioso, a discriminação por orientação sexual, a homofobia, a opressão do mais pobre, entre outros. “Na verdade, a cultura da intolerância visa a formar pessoas com atitudes violentas contra quem é diferente”, enfatizou. 

O perigo disso tudo, segundo a senadora, é que governos e parlamentares adotem uma “pauta regressiva, com o intuito de atentar contra a cidadania das mulheres”. Para ela, no Brasil deste momento, é essencial cobrar do Congresso que, ao invés de adotar pautas que induzam ao preconceito, se avance na discussão de projetos de lei que promovam o respeito à dignidade humana e à cidadania das mulheres, por exemplo. 

“Chamo a atenção para projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados, como o Estatuto do Nascituro, projeto de lei do Presidente afastado, Eduardo Cunha, que invertem a lógica do processo na medida em que esses projetos de lei criminalizam as mulheres quando as mulheres são vítimas de violência”, concluiu. 

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