Fátima celebra o crescimento da mobilização contra o golpe e retirada de direitos

Fátima celebra o crescimento da mobilização contra o golpe e retirada de direitos

Fátima: independentemente de diferenças partidárias e até diferenças ideológicas, lá estavam todos e todas nas ruas, irmanados na defesa da democraciaApós a consumação do golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, uma imensa teia de resistência democrática se mobiliza pelas ruas do País para resistir à agenda do novo governo, que se baseia na retirada de direitos e no retrocesso das conquistas alcançadas pelos brasileiros. “Não são 40 pessoas que quebram carro – como afirmou, de maneira desastrada, leviana, o presidente ilegítimo Michel Temer. É uma resistência democrática, formada por representações dos movimentos sociais e de centrais sindicais”, aponta a senadora Fátima Bezerra (PT-RN).

 

Ela destaca a participação majoritária nessas mobilizações de populares, por jovens com ou sem formação partidária e famílias inteiras. Gente que sai às ruas inconformada com o ataque à democracia que levou o ilegítimo Temer à Presidência. “O recado que está chegando dessas manifestações é claro – só um cego que não quer ver. O centro dessas manifestações é o repúdio ao golpe e à retirada de direitos e a exigência de que sejam realizadas eleições diretas”.

Um aspecto que comprova a vitalidade dessa mobilização, registrou a senadora, é a pluralidade das manifestações. “Independentemente de diferenças partidárias e até diferenças ideológicas, lá estavam todos e todas nas ruas, irmanados na defesa da democracia. Por isso, ganha coro, cada vez maior, a palavra de ordem das diretas já”.

“Fora, Temer!” unifica
No último 7 de Setembro, por exemplo, foi registrado o recorde de manifestantes no Grito dos Excluídos, mobilização que marca as celebrações da Independência desde 1995. Para Fátima, a adesão registrada em 2016 se deve à rejeição ao presidente ilegítimo, já que o “Fora, Temer!” foi a palavra de ordem que unificou os participantes.

As mobilizações crescem em todo o País. Nesta terça-feira (13), por exemplo, está sendo realizada em Brasília Marcha Unificada dos Trabalhadores e Trabalhadoras, organizada pelas centrais sindicais e por diversas entidades do serviço público. São mais de 15 mil pessoas que chegaram dos diversos cantos do Brasil e se encontraram na capital federal para protestar contra o governo Temer e contra sua agenda retrógrada de retirada de direitos.

Também nesta terça-feira está sendo instalada a Frente Parlamentar Mista em defesa do serviço público, liderada pelo Senador Paim (PT-RS), que vai articular deputados e senadores para resistir às propostas de cunho neoliberal que ameaçam a capacidade do Estado de prestar os serviços que a população demanda e necessita. “Um projeto que, a despeito de não ter sido referendado nas urnas, está tentando de viabilizar garganta abaixo da população”, ressaltou Fátima Bezerra.

Resistir para preservar direitos
“Nossa luta, mais do que nunca, aqui no Parlamento, está em sintonia com as ruas”, afirmou a senadora, em pronunciamento ao plenário. Ela listou algumas ameaças que cobram mobilização mais urgente, como a Proposta de Emenda à Constituição nº 241, já apelidada de “PEC do Estado mínimo”. Se for aprovada essa matéria, de autoria do governo ilegítimo, serão congelados os investimentos nas áreas sociais por 20 anos, prejudicando em especial a saúde e a educação.

Outra frente de luta fundamental é contra a reforma trabalhista—“que, do jeito que está sendo anunciada, levará o País de volta à escravidão”—e reforma da previdência, que eleva a idade mínima de aposentadoria, “que maltrata mulheres e professores e que desvincula os benefícios do salário mínimo”.

A resistência ao golpe cresce, apesar das constantes tentativas conservadoras de criminalizar a luta popular e da violência registrada em algumas localidades, como São Paulo. “Não haverá sossego para aqueles que tomaram o poder de assalto, para aqueles que querem retirar direitos dos trabalhadores, para aqueles que querem privatizar o patrimônio nacional, para aqueles que querem vender o Brasil”, garantiu a senadora.

Cyntia Campos

 

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