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Esse resultado faz parte de uma política de investimento no ensino fundamental e médio, amparada em outras ações de garantia de renda e de manutenção das crianças nas escolas. O Plano de Desenvolvimento da Educação, de 2007, articula as ações de todos os entes federados para formar melhor a nova geração, cuja maioria nem teria chegado ao ensino médio. Para a diretora de Currículos e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, Jaqueline Moll, a transformação faz parte do processo de criação de uma sociedade em que a maioria da população está na classe média. O que hoje aparece como aumento do consumo, na próxima geração será uma mudança estrutural na sociedade brasileira. “Teremos uma bela surpresa, porque esses jovens estão tendo acesso a experiências a que seus pais nunca tiveram”, afirma.
Além dos números de investimentos e ampliação de vagas, Jaqueline atenta para a melhoria da qualidade dos currículos, no domínio da linguagem e da matemática, e também atividades extracurriculares de cultura, esporte e artes, como bandas, corais e teatro.
Jaqueline avalia que a cultura anterior de que os pais mais pobres ficavam satisfeitos quando os filhos aprendiam a ler, escrever e contar, o que seria suficiente para entrar no mundo do trabalho, está sendo substituída. Assim, as crianças, que antes nem terminavam o fundamental, chegam ao ensino médio com o impulso de estarem habituadas e a valorizarem a escola. “Exatamente como as classes médias sempre fizeram, a diferença é que a estrutura educacional não se configura como uma pirâmide com poucos no topo, está se tornando um prédio, retangular”, diz.
Recursos – O orçamento para a educação profissional passou de R$ 1,2 bilhão, em 2003, para pouco mais de R$ 9 bilhões, em 2012. Dentre as ações que contribuíram para este aumento significativo de oferta de vagas está a criação dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que passou de 140 unidades, em 2002, para 354, ao final de 2010. Até 2014, serão 562 campi em funcionamento. Houve também o fortalecimento das redes estaduais de ensino técnico, por meio do convênio de recursos do programa Brasil Profissionalizado, por exemplo, e o acordo de gratuidade na oferta de vagas pelo Sistema S.
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