Dados da Fundação Getúlio Vargas revelam: a indústria brasileira está mais voltada para o aumento de sua eficiência, do que no aumento da produção. O momento, segundo a “Sondagem de Investimentos”, realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) é de substituir maquinário e equipamentos. Ainda segundo levantamento, os empresários se queixam de que faltam recursos e apontam a carga tributária, que consideram alta, como os principais entraves aos investimentos do setor.
A sondagem foi realizada entre 10 de abril e 29 de maio junto a 862 empresas, com vendas de R$ 562 bilhões (valor referente a 2010). Nesta edição, a FGV perguntou quais os motivos para realizar investimentos e quais fatores os limitam e descobriu que 46% das empresas da indústria da transformação apontam algum tipo de dificuldade em realizar investimentos produtivos neste ano. O percentual é superior aos 43% observados no ano passado e o maior nível desde 2009 (87%).
De acordo com a pesquisa, 33% das empresas responderam que seus investimentos em 2013 têm como objetivo aumentar a eficiência da produção; outros 18% querem substituir máquinas e equipamentos. No ano passado, nessa mesma época, 35% queriam investir para aumentar a eficiência e 16% substituir máquinas.
A expansão da capacidade produtiva foi citada como o principal objetivo por 32% das empresas, parcela um pouco maior que a do ano passado, de 30%, mas inferior aos biênios 2007 (39%) e 2008 (50%) e 2010 (40%) e 2011 (36%). No ano mais agudo da crise, em 2009, apenas 24% queriam expandir a produção. Para a FGV, o resultado sinaliza um volume moderado de investimentos para este ano.
Com informações das agências de notícias