A Força Nacional do Sistema Único da Saúde (FNSUS) enviou ao Acre nesta terça-feira (28/02) mais uma equipe de profissionais para reforçar a assistência à população dos municípios mais afetados pelas fortes chuvas e pela elevação do nível do rio Acre. No sábado (3), partirão outras duas equipes, todas compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Trinta voluntários da FNSUS estão neste momento atuando
Ao todo, 12.578 pessoas ficaram desabrigadas. Foram identificados 22 abrigos temporários, que são avaliados pelas equipes da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Outras 116.151 pessoas ficaram desalojadas. Não foi registrado óbito até agora.
O Ministério da Saúde já encaminhou ao Acre, em fevereiro, 25 kits de medicamentos e insumos estratégicos, o equivalente a mais de 6 toneladas, o que permite o atendimento de até 12,5 mil pessoas desabrigadas e desalojadas por um período de três meses. Além de todo o trabalho de assistência, orientação, monitoramento e orientação técnica, a FNSUS tem realizado busca ativa de pacientes em tratamento de hemodiálise ou quimioterapia e de grávidas nas áreas inundadas.
A FNSUS monitora também a quantidade de doses de vacinas e soros antiofídicos disponíveis. As equipes ainda estão distribuindo folhetos educativos em abrigos. “A Força Nacional do SUS trabalha de forma integrada com o governo do estado, Exército, Força Aérea Brasileira, Defesa Civil Nacional e a Força de Segurança Pública. Essa atuação coordenada ajuda muito na troca de informações e na eficiência do nosso trabalho, com foco nas demandas da população e nas necessidades da rede pública local”, ressalta o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Adriano Massuda.
Uma das maiores preocupações é com as populações vulneráveis, entre elas, indígenas e imigrantes haitianos. Atualmente, sete aldeias estão inundadas,quatro parcialmente e três totalmente, com 94 indígenas desabrigados no município de Santa Rosa do Purus.
As equipes do FNSUS estão percorrendo o Rio Purus, visitando aldeias, realizando atendimento aos indígenas e ribeirinhos e identificando as maiores necessidades desses locais. “Também estamos em contato permanente com o governo do estado do Amazonas, colocando-nos à disposição para o que for preciso”, adianta Massuda.
Para ajudar os municípios no atendimento a acidentes ocorridos com serpentes e aracnídeos, que saem em maior quantidade de seus esconderijos por causas das chuvas, o ministério enviou ampolas de soro contra veneno de animais peçonhentos. Além disso, foram encaminhadas doses de vacinas contra tétano, difteria e raiva – doenças às quais a população fica mais exposta por causa de enchentes – a todos os estados atingidos.
A FNSUS enviou no ano passado 15 toneladas de medicamentos para socorrer vítimas das enchentes no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, além de atuar junto com estados e municípios em ações de prevenção, vigilância e atenção à saúde. Para municípios com danos no abastecimento de água, foram disponibilizados frascos de hipoclorito, que serve para purificar a água e torná-la própria para o consumo.
O Ministério da Saúde ainda adiantou repasses para média e alta complexidade das cidades de Campos dos Goytacazes (R$ 7,8 milhões) e de Itaperuna (R$ 4,4 milhões), no estado do Rio de Janeiro. O recurso permite a reconstrução de unidades de saúde, assim como a ampliação da assistência hospitalar. Pode, ainda, custear procedimentos como cirurgias e exames, e a aquisição de medicamentos e insumos. Os recursos também servem para financiar hospitais de pequeno porte e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre outros.
Ministério da Saúde