Os senadores do PT e da oposição promoveram, nesta sexta-feira (9), uma reunião entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e a Frente Pela Vida, que é uma iniciativa formada por quatorze entidades científicas da saúde e bioética e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). No encontro, a sociedade civil apresentou um manifesto que reúne uma série de medidas urgentes para o combate à pandemia e o número crescente de casos de Covid-19 no país. Até agora mais de 345 mil brasileiros morrem em decorrência da doença.
No documento, a Frente Pela Vida solicita ao Congresso Nacional a adoção de medidas como: a ampliação do auxílio emergencial para R$ 600 e aceleração do plano de vacinação para que todos os brasileiros sejam imunizados o mais rapidamente possível.
Lúcia Souto, da Frente Pela Vida e da Fiocruz, lembrou que exemplos internacionais mostram que, mesmo com a vacinação, é preciso estabelecer um lockdown ao menos por 21 dias para reverter a propagação da doença. “Essa parada pode nos dar tranquilidade para controlar a pandemia”, comentou, enquanto apresentava os pontos do manifesto.
O cineasta Silvio Tendler, um dos coordenadores da Frente Pela Vida, entregou o manifesto União Nacional para Salvar Vidas, assinado por mais de 19 mil pessoas, defendendo a recomposição do orçamento do SUS, que perdeu este ano R$ 36 bilhões. “O SUS precisa de mais recursos”, disse.
Além de Lúcia Souto, participaram do encontro o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto; o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Túlio Franco, coordenador da Rede Unida; e Gulnar Azevedo, presidenta da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Acompanharam o encontro integrantes da bancada do PT no Senado – o líder Paulo Rocha (PA), o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PE) e os senadores Rogério Carvalho (SE), Jaques Wagner (BA). A reunião contou ainda com a senadora Zenaide Maia (Pros-RN).
Pacheco disse que vai apelar ao presidente da República para que estabeleça um diálogo com diferentes setores da sociedade para a coordenação de ações de enfrentamento à pandemia. Ele disse que apresentou projeto de lei para que estados, o Distrito Federal e os municípios ficam autorizados a adquirir vacinas contra a Covid-19 e assumam a responsabilidade civil em relação a efeitos adversos pós-vacinação.