Vamos cobrir 17 mil quilômetros de |
O general Antonino dos Santos Guerra Neto, comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, defendeu, nesta quinta-feira (22), em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE) do Senado, a inclusão do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) no leque de ações de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para o general, apesar de não existir qualquer atraso nos desembolsos para a implantação da primeira fase ou programa piloto do sistema integrado de vigilância nas fronteiras, a previsão orçamentária garantirá que o cronograma seja concluído nos próximos dez anos. “O Sisfron começou a ser implantado na área mais vulnerável, que é a fronteira do Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai. Mas vamos cobrir 17 mil quilômetros de fronteiras, desenvolvendo uma tecnologia que privilegia o conteúdo nacional”, afirmou.
O custo total do investimento no Sisfron é de R$ 12 bilhões e, de acordo com o general, para a fase do ano que vem serão aplicados por meio dos recursos do Orçamento R$ 545 milhões. “O Poder Executivo tem demonstrado compromisso com a segurança das fronteiras. O projeto é um dos maiores do mundo, está em linha com a diretriz do Exército porque que vai agregar inovação tecnológica, vai gerar renda e emprego e contribuir para o Brasil oferecer essa tecnologia para outros países, contribuindo para a balança comercial”, disse Marcus Tollendal, presidente da Savis Tecnologia e Sistemas S.A., subsidiária da Embraer para equipamentos de defesa.
“O Sisfron vai contribuir com o |
A área de cobertura do sistema será de 16.886 quilômetros de fronteiras, o equivalente a 27% do território brasileiro, passando por 570 municípios em onze estados. O objetivo central é que a integração do sistema de monitoramento com a área de defesa de países vizinhos contribua para reduzir os crimes cometidos na faixa da fronteira.
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) comemorou a instalação do projeto piloto justamente em seu estado, sob a responsabilidade do Comando Militar do Oeste, porque ele considera que grande parte dos problemas com drogas nas capitais dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo tem relação com a falta de segurança que havia nas fronteiras do Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai. “Muitas vezes o projeto Calha Norte foi questionado e hoje temos a noção clara que os problemas com o tráfico, o contrabando, estão nas fronteiras desprotegidas desse Brasil profundo. O Sisfron vai contribuir, inclusive, com o monitoramento e segurança sanitária, para evitar que a febre aftosa saia de um país vizinho e entre no nosso. Isso será possível com a integração e troca das informações entre a defesa do Exército com as polícias militar, federal, rodoviária federal e ambiental”, disse o senador.
Participaram da audiência na CRE, além do general Antonino dos Santos Guerra Neto, o general de Divisão João Roberto Oliveira e o presidente da Savis Tecnologia, Marcus Tollendal.
Marcello Antunes
Fotos: Agência Senado
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