As fundações ligadas ao PT, PSOL, PDT, PSB, PCdoB e Pros lançam nesta quinta-feira (31) um grupo de trabalho para monitorar e avaliar o governo Bolsonaro. O evento começará às 17h no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília (DF).
Batizado de ‘Observatório da Democracia’, o objetivo do grupo é estudar as políticas governamentais em áreas como trabalho, saúde e educação. Os resultados serão divulgados no site www.observatoriodademocracia.org.br.
“É uma perspectiva inédita. As fundações desses partidos construíram coletivamente uma metodologia própria de acompanhamento sistemático e de análise objetiva das políticas públicas de responsabilidade do governo federal voltadas ao parlamento e a toda sociedade”, explica o presidente da Fundação Perseu Abramo (PT), Márcio Pochmann.
“Vamos construir um Observatório que fará uma avaliação diagnóstica e um juízo crítico das políticas públicas propostas por este governo. Vamos poder auxiliar os partidos e a sociedade a compreender os impactos das medidas e dos retrocessos”, acrescenta o presidente da Fundação Maurício Grabois (PCdoB), Renato Rabelo.
Na mesma linha, o ex-governador da Paraíba e presidente da Fundação João Mangabeira (PSB), Ricardo Coutinho, disse que entidade buscará, junto com as demais fundações, alertar as ameaças “às boas políticas públicas, à democracia e ao povo brasileiro”.
“A soberania nacional é um compromisso prioritário do nosso partido, assim como a recuperação de concessões lesivas feitas aos grupos e interesses estrangeiros contra o nosso patrimônio e à economia nacional”, disse Manoel Dias, presidente da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini.
A análise constante das ações do governo, no entanto, não significa que apenas partidos de oposição podem compor o grupo. Outras fundações, aliás, também são convidadas a participar do Observatório.
“Cabe destacar que não é uma iniciativa de oposição, mas uma colaborativa e técnica dentro do eixo: relacionamento legislativo x executivo. O Observatório irá convidar fundações de diferentes partidos, aberto para quem quiser contribuir e sem nenhum lastro de radicalismo”, destaca o presidente da Fundação da Ordem Social, do PROS, Felipe Espírito Santo.
“O que o andar de cima faz é botar a conta nas costas do trabalhador a partir da retirada de direitos e aumento da superexploração”, diz Francisvaldo Mendes, presidente da Fundação Lauro Campos (PSOL), para quem é preciso estar vigilante na defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo.
As fundações partidárias estão previstas em lei, no Brasil. Elas são responsáveis por fomentar a educação política, bem como formular e discutir projetos de acordo com as diretrizes e princípios ideológicos do partido.