O G20, articulação das 20 principais economias do mundo, aprovou na última quinta-feira (5) um plano para fomentar o crescimento econômico e a criação de emprego, na reunião de cúpula do grupo, em São Petersburgo, na Rússia, encerrada nesta sexta-feira.
“De forma unânime, pronunciaram-se todos a favor da aprovação de um plano de ação para fomentar o crescimento da economia e a criação de emprego”, disse o ministro das Finanças russo, Antón Siluánov, durante uma entrevista coletiva. Segundo ele, o plano inclui um pacote para impulsionar o crescimento e reduzir o desemprego e faz alusão à “necessidade de adotar medidas para estimular o investimento e prevenir a volatilidade do fluxo de capitais”.
Siluánov destacou que o problema do desemprego é particularmente doloroso em alguns países da zona do euro. “A economia dos países desenvolvidos está enviando sinais positivos. Agora todos concentram as atenções na situação dos países em desenvolvimento, uma vez que os ritmos de crescimento diminuíram”, acrescentou.
O ministro das Finanças russo disse ainda que o grupo também aprovou um plano de prevenção da erosão da base fiscal dos países-membros do G20.
Na abertura do encontro, o presidente anfitrião, Vladimir Putin, disse que o crescimento e o emprego são as prioridades da presidência russa do grupo, que inclui as principais economias desenvolvidas e emergentes do mundo. Ele alertou para o risco de uma nova crise econômica, apesar da melhoria nos mercados financeiros.
No encontro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu a redução progressiva do programa de estímulo econômico executado pelo Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano. A maioria dos outros dirigentes expressou a vontade de reduzir a dívida pública e o déficit orçamentário, tanto no médio como no longo prazo.
O G20 decidiu também analisar a atuação das agências de rating (classificação de risco), particularmente a objetividade das suas classificações, dado o impacto no mercado e nas economias analisadas.
Foi elaborada ainda uma lista de 28 grandes bancos e nove seguradoras que nunca poderão entrar em falência, tendo sido colocada na mesa uma nova série de exigências aos seus acionistas.
Com informações da Agência Brasil