Previdência Social

Gabas e Berzoini denunciam desmonte da Previdência pelo País

Gabas e Berzoini denunciam desmonte da Previdência pelo País

Foto: Agência Brasil/Fotos Públicas

Com o intuito de informar à população de todo País e organizar a mobilização pela resistência ao desmonte da Previdência, os ministros da Previdência Social dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta eleita Dilma Rousseff, Ricardo Berzoini e Carlos Gabas, têm rodado o Brasil para denunciar a proposta de reforma da Previdência do usurpador Michel Temer, que retira direitos dos trabalhadores.

Por meio de debates, palestras e audiências públicas, Gabas e Berzoini explicam porque a proposta de Temer é prejudicial para a população, principalmente para os trabalhadores mais pobres.

“Todos vão perder, mas quem mais vai sofrer são os trabalhadores rurais, as mulheres, especialmente as mulheres pobres, os trabalhadores pobres de uma maneira geral, porque estes têm dificuldade para ficar no mercado de trabalho depois dos 50 anos. E a possibilidade de ter a aposentadoria por tempo de contribuição sem idade mínima era uma das formas de preservar o nível de renda”, aponta Berzoini.

Na sua avaliação, os debates pelo País são fundamentais para que as pessoas compreendam o que está em risco com essa proposta do governo golpista.

“A mudança na idade mínima, a mudança no critério para as mulheres, as alterações em relação aos professores, ao agricultor familiar, são todas iniciativas que pretendem na verdade reduzir o alcance da Previdência e deixar dinheiro no orçamento para os bancos, para as empresas e até para a máquina pública. Ou seja, tirar dos trabalhadores para destinar para setores privilegiados”, denuncia.

Seu companheiro de partido que também foi ministro da Previdência, Carlos Gabas, ressalta que o desmonte da Previdência não vai resolver o problema do déficit, como querem fazer crer os defensores da proposta de Temer.

“Essa proposta não tem acordo. Não podemos pensar em remendá-la. Temos que retirar a proposta. Essa reforma de retirar direitos não é o caminho, porque vai depenar os direitos da Previdência e não resolve problema do déficit no País. Está errado resolver isso na conta do trabalhador”, completa.

Gabas ainda destaca que os debates pelos estados ajudam a diferenciar a proposta de reforma da Previdência que estava sendo discutida no governo da presidenta Dilma no Fórum Nacional de Trabalho e Previdência, com representantes dos trabalhadores e dos setores patronais.

“Mostra a diferença na discussão que nós vínhamos fazendo. Porque estávamos discutindo também Previdência, mas com outro viés, do fortalecimento do sistema, de rever toda a sustentação da seguridade e da Previdência, cobrando credores que não são cobrados, eliminando isenções. Temos diferença no conteúdo e principalmente na forma, porque nós estávamos debatendo, nós tínhamos o Fórum Nacional de Trabalho e Previdência”, afirma.

Os dois ministros concordam que apenas mobilização nas bases eleitorais dos parlamentares será capaz de barrar a aprovação desse desmonte dos direitos previdenciários.

“Só através da manifestação dirigida aos parlamentares que vão votar essa proposta. Significa visitar a casa dos parlamentares, visitar os escritórios que eles têm nas suas cidades nos seus estados, visitar os gabinetes em Brasília, fazer o debate com a população das regiões onde eles têm votos, para que as pessoas possam efetivamente perceber que aquele deputado que mereceu o seu voto tem que ter responsabilidade para preservar a seguridade social do Brasil”, declara Berzoini.

Gabas completa: “Tem que fazer manifestação lá na base, tem que fazer barulho lá na base, por isso nós estamos incentivando a formação de comitês suprapartidários, comitês amplos em defesa da Previdência Social, em cada local. É preciso criar essa resistência nos locais, porque aí você pressiona na base eleitoral do parlamentares”.

Agenda
Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão, Acre, Ceará, Mato Grosso do Sul foram alguns dos estados que já receberam a visita dos ministros.

Na agenda, estão confirmados debates em Pernambuco, Piauí, Bahia, Curitiba, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

Confira:

20 de março

FEM CUT/ Juiz de Fora MG

22 de março

CONTAC CUT/SP

22 de março

Audiência Publica Assembleia Legislativa de São Paulo

23 de março

Mandato do senador Humberto Costa/Caruaru PE

24 de março

Mandato do senador Humberto Costa/ Recife PE

27 de março

CUT/BA

30 de março

Mandato do deputado federal Luiz Sérgio/ Volta Redonda RJ

31 de março

Mandato da senadora Gleisi Hoffmann/ Curitiba PR

07 de abril

Mandato da senadora Fátima Bezerra/Mossoró RN

12 e 13 de abril

PT/Piauí

19 de abril

Audiência Publica Câmara de Vereadores de Extrema MG

Reprodução autorizada mediante citação do site PT no Senado

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