Garimpeiros ilegais atacaram uma base federal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em uma Terra Indígena Yanomami, em Roraima, no Norte do país.
Durante a invasão, que aconteceu nesta quinta-feira, 23, os garimpeiros furaram o bloqueio montado no Rio Uraricoera e atiraram contra os agentes da Polícia Federal e fiscais do Ibama.
Os garimpeiros desciam em sete embarcações chamadas “voadeiras”, de 12 metros cada, que transportavam cassiterita. O minério foi roubado da terra indígena e o carregamento identificado por drones operados pelo Ibama.
A região da comunidade Palimiú é usada por garimpeiros para acessar os acampamentos no meio da floresta, e o Ibama pediu reforço à PF para dar segurança ao local. Essa Terra Yanomami é o maior território indígena do país em extensão territorial e há décadas é alvo de exploradores ilegais que buscam ouro, cassiterita e outros minérios.
Por nota, o Ibama afirmou que a invasão foi programada e que os garimpeiros atiraram no momento em que os agentes haviam abordado uma das embarcações.
“Foi um ataque criminoso programado. Todos aqueles que tentarem furar o bloqueio serão presos. Acabar com o garimpo ilegal é uma determinação do presidente Lula”, afirmou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
O secretário Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT, Saulo Dias, enfatiza que esse ataque é uma demonstração de como o governo Lula, que promove a proteção aos povos originários e da floresta, incomoda. Saulo destaca ainda que o garimpo ilegal na região cresceu mais de 78% no governo de Bolsonaro.