“Nesse último trimestre, crescemos 0,1%; um crescimento muito pequeno. Sem esse aumento de gastos, tínhamos continuado na recessão técnica”, disse o petista, se referindo ao resultado do Produto Interno Bruto entre os meses de julho e setembro deste ano.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cada
1% de crescimento nos gastos públicos significa um crescimento médio de 1,57% da economia. Para o senador petista, se o governo não tivesse olhado para a conjuntura econômica mundial e feito políticas anticíclicas para evitar a índices de crescimento desfavoráveis, “iríamos fechar o ano com um crescimento negativo de um por cento e meio a dois por cento ao ano”, calcula.
“Parece que alguns líderes oposicionistas esqueceram que, em 2001, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, também houve mudança da meta. Mesmo assim, depois da alteração, a meta não foi cumprida. E não vi esses senhores fazendo nenhum discurso como esse aqui”, criticou, referindo-se às censuras de parlamentares à proposta de revisão da meta fiscal.
O petista acredita que a não aceitação do resultado das eleições, com a vitória da presidenta Dilma Rousseff, tem continuado um processo perigoso para a democracia. De acordo com o senador, esses setores da oposição estão flertando com o “discurso golpista”, chamando os que pedem a intervenção militar de “fascistas”.
“O que vejo é que está faltando responsabilidade com o Brasil. Vejo algumas lideranças mais interessadas em derrotar a flexibilização da meta do superávit para poder dizer o seguinte: a presidenta Dilma cometeu crime de responsabilidade”, disse.
A proposta de revisão da meta fiscal é prevista no PLN 36/2014, que deve ser votado hoje em sessão do Congresso Nacional. “Se essa medida de flexibilização não for aprovada, sabemos que vamos paralisar o País, as transferências para Estados e Municípios”, lembrou Lindberg.