A economia brasileira gerou mais empregos do que o previsto em junho deste ano. Foram 123.836 vagas formais líquidas, 2,82% acima do mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 120.440 empregos com carteira assinada, na série sem ajuste sazonal, ou seja, sem considerar os dados enviados pelas empresas fora do prazo.
Nos últimos 12 meses, o Brasil criou 1.016.432 empregos formais, pela série com ajuste, que considera as informações enviadas após o prazo.Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (23).
O saldo de junho de 2013 é o melhor para o mês desde 2011, quando 215.393 postos de trabalho foram abertos, de acordo com a série histórica do Ministério do Trabalho.Em junho, foram registradas 1.772.194 contratações e 1.648.358 demissões – o que resultou no saldo do mês. Já no semestre foram criados 826.168 empregos.
Em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando mais de um milhão de vagas com carteira assinada foram abertas, o desempenho do mercado de trabalho brasileiro foi 21,1% inferior.
Setores da economia
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais no primeiro semestre deste ano, com 361.180 postos abertos, ao mesmo tempo em que a indústria de transformação foi responsável pela contratação de 186.815 trabalhadores com carteira assinada.
Já a construção civil abriu 133.436 trabalhadores com carteira assinada. O setor agrícola, por sua vez, gerou 115.745 empregos no primeiro semestre, enquanto o comércio fechou 13.693 vagas formais nos seis primeiros meses de 2013. A administração pública foi responsável pela contratação de 30.861 pessoas no primeiro semestre.
Distribuição geográfica dos empregos
Por regiões do país, ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, o destaque ficou por conta do Sudeste, com 474.030 postos formais abertos nos seis primeiros meses de 2013. Em segundo lugar, aparece a região Sul, com a abertura de 227.978 vagas com carteira. A região Centro-Oeste, por sua vez, abriu 130.224 postos de trabalho. Já a regiões Norte criou 20.506 vagas formais no primeiro semestre deste ano, enquanto que o Nordeste fechou 26.570 empregos c carteira assinada no mesmo período.
Previsão para 2013 recua
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, que há alguns meses estimou que a criação de vagas formais poderia atingir 1,7 milhão neste ano, revisou sua previsão. Segundo ele, diante do quadro atual da economia, a abertura de vagas formais poderá chegar a “no máximo” 1,4 milhão em 2013.
“O Brasil ainda não entrou na crise mundial. Quem é que pode dizer que vamos ficar permanentemente imunes. Vão vou jogar falsa expectativa como ministro do trabalho. Diante dos fatos, previsão seria de, no máximo, 1,4 milhão [para este ano]”, declarou ele.
Com informações do Ministério do Trabalho e das Agências de Notícias