Crise econômica e de credibilidade, desemprego em alta, clima de ódio e uma reforma que impede boa parte da população de se aposentar. Esse foi um resumo do primeiro ano do governo Jair Bolsonaro para o senador Paulo Rocha (PT-PA), que comparou o período a um roteiro de ‘filme de terror’.
“[A gestão Bolsonaro] mais parece o roteiro de um filme de terror, tamanho é o caos em que se encontra o País. Nem os melhores roteiristas poderiam escrever uma história tão trágica em que o número de vítimas supera a casa de milhões. Sim, são milhões: são milhões de brasileiros e brasileiras desesperados”, disse o senador, nesta quarta-feira (11).
A crise econômica é o primeiro pilar da tragédia do governo federal, segundo o parlamentar. Ele elencou os principais fatores que têm feito “milhões de pessoas vítimas” no Brasil. Entre eles, a perspectiva de crescimento pífio do PIB do país em apenas 1%, as mais de 12,4 milhões de pessoas desempregadas, segundo o IBGE, a reforma da Previdência e os cortes em programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida.
“Até mesmo quem está no mercado de trabalho sofre com a situação econômica do País, tendo que conviver com o aumento de preços de produtos de primeira necessidade. Aumenta-se tudo! O valor da gasolina está nas alturas, e o salário dos trabalhadores, cada vez mais precário, graças à retirada de direitos que vem ocorrendo desde a aprovação da reforma trabalhista do governo Temer”, afirmou.
“O descaso do governo ultrapassa os limites da área econômica e afeta até mesmo a questão do meio ambiente e os povos originários. Há de novo a eliminação na nossa região: estão eliminando lideranças indígenas e lideranças dos trabalhadores rurais na Amazônia, enquanto o desmatamento e as queimadas aumentaram de forma assustadora”, acrescentou.
Paulo Rocha espera que seja possível tirar o país da “situação caótica” em 2020. Ele citou propostas do Partido dos Trabalhadores que podem ajudar, como o Plano Emergencial de Emprego e Renda e a Reforma Tributária Justa, Solidária e Sustentável – com o pagamento de mais impostos por quem recebe maiores salários, garantindo menos tributos aos mais pobres.