Em 2017, o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, será celebrado de um modo diferente. Em mais de 40 países, ele será marcado por greves nos locais de trabalho e nas casas, como forma de mostrar a importância de trabalho das mulheres, tão desvalorizado na sociedade. “Não é mais o feminismo empresarial, o feminismo do faça acontecer, onde se destaca o protagonismo individual”, aponta a líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR).
Ela lembrou a ameaça aos direitos previdenciários das mulheres, contidos na reforma de Michel Temer, que quer desconhecer a dupla jornada de trabalho feminina e nivelar homens e mulheres no tempo de contribuição necessário para a aposentadoria. Gleisi citou um estudo da Universidade Federal Fluminense segundo o qual o trabalho doméstico realizado pelas mulheres, se fosse remunerado, teria um impacto de 12,5% no Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) e mereceria um salário, de acordo com o padrão salarial nacional, de pelo menos R$ 1,5 mil.
“Pois a aposentadoria das donas de casa, que reconhece esse trabalho e que tenta minimizar essa situação de injustiça, também vai acabar com a reforma da previdência”, lembrou.
No Senado, está confirmada uma manifestação, das 9h às 11 horas e a entrega do Prêmio Bertha Lutz.
Reprodução autorizada mediante citação do site PT no Senado