“Essa decisão do judiciário parece provocação. Vai acirrar muito os ânimos que já estão exaltados pela injustiça com Lula”, advertiu a senadora e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffman, sem seu perfil de facebook.
Nesta quinta-feira, decisão assinada pelo juiz Osório Avila Neto proibiu o acampamento do MST em Porto Alegre nas proximidades do TRF-4, onde três desembargadores julgarão Lula em segunda instância.
“Nós sempre fizemos manifestações pacíficas. Agora, não vamos permitir esse atentado ao direito de manifestação. É inconstitucional”, destacou ela afirmando que a decisão do MPF fere o Artigo 5º inciso IV e XVI da Constituição Federal de 88.
Diz o texto da lei que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” e também que “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.
A manifestação prevista para o dia 24, data do julgamento do presidente Lula, está incomodando o judiciário que vem sendo questionando pelo ilegal processo de condenação sem provas. Um manifesto em defesa de Lula já conta com mais de 80 mil assinaturas, incluindo intelectuais, lideranças políticas e artistas do Brasil e do mundo inteiro.