A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, nesta segunda-feira (31), na abertura do Seminário Resistência, Travessia e Esperança, que é dever do Partido dos Trabalhadores apresentar para o povo brasileiro as saídas para a atual crise, uma vez que já mostrou, quando governou o Brasil, ser possível a construção de um país soberano e justo.
“Nós temos o dever e a responsabilidade de apresentar as saídas da crise para o povo brasileiro. E as saídas estão justamente no que nós já começamos a fazer e está sendo destruído, mas que nós temos que retomar”, disse Gleisi.
“Quando a gente fala de futuro, devemos lembrar do que fizemos, porque, infelizmente, os problemas do povo brasileiro são os problemas que nós começamos a resolver lá trás e que voltaram: a fome, o desemprego, a baixa renda, a falta de políticas públicas ou a desestruturação delas, o enfraquecimento do papel do Estado. Tudo aquilo que nós tínhamos começado a enfrentar e a fazer, eles destruíram”, acrescentou.
É por conta desse legado, que não foi esquecido pela população, que o PT e Lula são hoje sinônimo de esperança para os brasileiros, disse Gleisi. “Não tenho dúvidas de que nós vivemos um dos melhores momentos do Partido dos Trabalhadores dos últimos 10 anos, exatamente pelo que nós construímos e deixamos de legado neste país. Por isso o PT e Lula tornam-se a esperança do povo brasileiro de conseguir reconstruir o Brasil e garantir às pessoas, de novo, o direito ao trabalho, à renda e à dignidade, como a gente estava fazendo nos nossos governos e que teve fim com o golpe, a prisão do presidente Lula e a perseguição toda que viveu o PT.”
Segundo a presidenta do PT, é esse legado que faz o presidente Lula aparecer em primeiro lugar em todas as pesquisas e que o partido ter 28% de preferência popular. “Isso é um grande feito diante de tudo que aconteceu conosco nestes últimos anos. Isso mostra a resistência dos nossos militantes, do campo social que está com a gente”, elogiou. “Não foi pouca coisa o que nós passamos, mas ficamos na memória do povo. Primeiro pelo enfrentamento correto que foi feito, coordenado pelo presidente Lula, e segundo pelo que oferecemos para o povo nos nossos governos”, completou.
Gleisi disse ainda estar convencida de que o PT reúne todas as condições de interromper a destruição iniciada pelo golpe de 2016 e continuada por Jair Bolsonaro e recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento e da justiça social. “Não existe hoje nenhuma força política ou liderança, e não há aqui nenhum demérito a outras forças, que conheça mais o Brasil, o povo brasileiro e o Estado brasileiro que o presidente Lula e o grande grupo que está aqui hoje reunido. São pessoas testadas, que conhecem gestão e conhecem os problemas do povo.”
Para a reconstrução, frisou, serão necessários tanto um Estado forte, indutor da economia, que gere emprego e renda e ajude a acabar com as grandes diferenças que há na sociedade brasileira, quanto um Congresso comprometido com essas mudanças.
Por isso, Gleisi ressaltou, assim como fez Dilma Rousseff ao abrir o seminário, são fundamentais a mobilização popular, a eleição de uma forte bancada para a Câmara dos Deputados e o Senado e a construção de alianças políticas sólidas, que podem passar pela constituição de uma federação, ideia atualmente em discussão.
“Nesse processo, nós devemos buscar alianças políticas para vencer o autoritarismo, o bolsonarismo e tudo isso de ruim que aconteceu no nosso país. E as alianças, elas devem ser amplas o suficiente para nós defendermos a democracia. Mas sem, jamais, prescindir do nosso programa e do que é a centralidade da nossa caminhada: a vida do povo brasileiro”, defendeu Gleisi.
O seminário
Realizado de forma remota nesta segunda e terça-feira (31 e 1º), o Seminário Resistência, Travessia e Esperança é promovido pelo Partido dos Trabalhadores, pelas bancadas do PT na Câmara e no Senado, pela Fundação Perseu Abramo e pelo Instituto Lula.
Em formato híbrido, ele visa discutir o legado dos governos petistas, analisar a conjuntura e debater propostas para a reconstrução nacional, além de preparar os atores internos e aliados para os embates de 2022 e seus enfrentamentos políticos e eleitorais no Congresso e na sociedade.
Além de deputados e deputadas, senadores e dirigentes nacionais do PT, participam representantes de CUT, CNTE, ANDIFES, CONTAG, MST, MAP, MAB, ABJD, Prerrogativas, Coalizão Negra, FUP, CNE, UNE, UBES, Dieese, NAPPs, Núcleos da Bancada, Assessoria Técnica e Comunicação, Unicopas.