Governador do Tocantins enfrenta crise com medidas austeras, diz Donizeti

Governador do Tocantins enfrenta crise com medidas austeras, diz Donizeti

Donizeti: “Ainda que as medidas sejam austeras, objetivo é recuperar a capacidade de recuperar a execução das políticas públicas”Sanear as finanças de um estado com terra arrasada, que foi entregue pela gestão anterior com dívidas e folha de pagamento exorbitante é um desafio complicado. O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), está enfrentando a crise com critério e apoio do empresariado local, segundo afirmou o senador Donizeti Nogueira (PT) em pronunciamento ao plenário, nesta quinta-feira (3).

Ele disse que, embora enfrente um verdadeiro “bombardeio” dos deputados da oposição, o governo do Tocantins está empenhado em sanear as finanças  para recuperar a capacidade de execução das políticas públicas, ainda que as medidas sejam austeras. “Ao gestor público não compete apenas tomar medidas fáceis e agradáveis. O governador foi eleito para solucionar problemas”, lembrou.

Embora as medidas de saneamento das finanças incluam reajuste nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o ajuste conta com o apoio de representantes de diversas atividades produtivas e dos trabalhadores. “Se os próprios empresários deram seu aval às medidas, é porque elas são necessárias e, sobretudo, suportáveis, e eles estão dispostos a contribuir para o estado neste momento”, argumentou Donizeti.

Outros estados
O senador lembrou que as dificuldades econômicas não são exclusivas do Tocantins. “Estão passando cotidianamente por nossos olhos as crises de alguns estados. O Distrito Federal, por exemplo, atrasou o pagamento de trabalhadores que dependiam do salário, assim como o Rio Grande do Sul”, recordou, insistindo que, em seu estado, não foram anunciadas demissões e os empregos dos servidores estão garantidos.

 “Todos nós temos ciência das dificuldades por que passam numerosas unidades federativas com a crise renitente, que teima em sacrificar o Brasil e sua população; uma crise que tem origem não no Brasil, mas nos países desenvolvidos, sobretudo no principal berço do capitalismo, que são os Estados Unidos da América a partir de 2008”, disse, lembrando a crise do Lehman Brothers, que era o segundo maior banco de investimentos do Estados Unidos e cujo colapso provocou instabilidade nas bolsas do mundo inteiro.

 

Donizeti reconheceu que as medidas são duras, mas ele disse acreditar que a capacidade do governado fará com que o estado volte para os trilhos do desenvolvimento.

 

 “Às vezes, precisamos de medidas que não seriam desejáveis, mas que se mostram necessárias, para que possamos descortinar, um pouco mais adiante, um horizonte menos sombrio”, concluiu. 

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