Governistas rejeitam eleições diretas em caso de renúncia de Temer

Governistas rejeitam eleições diretas em caso de renúncia de Temer

Giselle Chassot, com informações do PT na Câmara

15 de dezembro de 2016/12h54

Foto: Reprodução de camiseta/ Lojinha do PT

Os aliados do governo ilegítimo fincaram pé e não admitiram a apreciação da Proposta de Emenda Constitucional  (PEC 227/16) que  prevê eleições diretas no caso de vacância da Presidência da República até seis últimos meses do mandato. Por 33 votos contra e nove a favor, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta quarta-feira (14), o requerimento de urgência para tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 227/2016), que prevê eleições diretas no caso de vacância da Presidência da República até seis últimos meses do mandato.

É um tijolo a menos no muro que a oposição pretende construir para barrar o governo ilegítimo de Michel Temer e garantir a realização de eleições em caso de renúncia do atual ocupante do Palácio do Planalto.

Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), votar a urgência e, na sequência, a própria PEC seria o caminho para a estabilização política do País, já que cresce entre os brasileiros a sensação de que o governo Temer não tem fôlego para resistir até 2018 e fatalmente se esgarçará.

Da forma como está previsto na Constituição, se a renúncia (ou vacância do cargo) ocorrer de janeiro de 2018, o Congresso deveráeleger um novo presidente da República. “Qualquer que seja esse nome, não teria força nem legitimidade com essa Câmara que está aí”, explicou Humberto, lembrando que Temer era vice da chapa do presidente Dilma Rousseff e, por conta do golpe contra a titular do mandato, da desintegração da própria base e da total inabilidade político econômica, não consegue se solidificar.

“Imagine então o que ocorreria com um presidente escolhido por um Congresso que a população rejeita”, acrescentou, defendendo a PEC 227, apresentada pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ).

 “Não podemos legislar olhando para este ou aquele governo, mas temos que estabelecer que somente a soberania popular pode eleger o mandatário maior da nação”, disse o líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE). O líder em exercício da Minoria ainda questionou os apoiadores do governo que criticaram a proposta.

“Estariam os líderes dos partidos do governo com medo do que vai acontecer? É fato que esse governo (Temer) já derreteu. Muitos desses líderes me falam no particular que o trem já descarrilou. A questão é que essa crise pode levar o País a uma convulsão social. Deveríamos fazer uma concertação entre todos os partidos para realizar uma eleição direta, e respeitarmos o resultado. O melhor caminho para sair da crise é o democrático, com novas eleições”, defendeu.

Leia mais:

Oposição cobra analise PEC para eleições diretas em 2017

 Parlamentares do PT pedem renúncia de Temer e eleições diretas

 

To top