O Governo Federal pediu prazo até 8 de agosto para apresentar uma resposta às reivindicações dos caminhoneiros autônomos, mas condicionou as negociações ao fim do bloqueio de rodovias que já dura sete dias em vários pontos do país. A informação é do presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Costa, que esteve, nesta terça-feira (31/07), com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
De acordo com o presidente da CNTA, o governo entende que o bloqueio das estradas tem que ser suspenso inclusive por representar perigo para os motoristas de caminhão e a população em geral. “A posição [do governo] é que há necessidade de desocupação das estradas, porque já houve morte”, declarou o presidente da CNTA. Segundo ele, foram registradas três mortes de caminhoneiros desde o início dos protestos. Duas mortes foram por atropelamento e uma causada por uma pedrada contra um caminhão, que acabou atingindo o motorista.
As entidades representativas da categoria querem maior prazo para a implementação da Lei n° 12.619, que determina que haja descanso ininterrupto de 11 horas a cada dois dias trabalhados para motoristas de caminhão. Os sindicatos argumentam, no entanto, que as rodovias brasileiras não têm infraestrutura adequada para que os caminhoneiros cumpram a norma. Na ocasião da aprovação da lei, a presidenta Dilma Rousseff vetou o artigo que previa a construção de postos de descanso.
Com Agência Brasil