Integrantes do Grupo de Trabalho (GT) de Comunicações do governo de transição receberam, nesta sexta (25), a carta “Comunicação Democrática é vital para a democracia: uma agenda para o novo governo Lula”. O documento com propostas foi elaborado envolvendo mais de 100 entidades da sociedade civil, entre organizações acadêmicas, de jornalistas, entidades de democratização da comunicação, direitos digitais e mais de 300 signatários individuais, entre jornalistas, pesquisadores e ativistas.
Quem recebeu o documento que será analisado pela equipe de transição foi o ex-ministro Paulo Bernardo, o ex-secretário de Telecomunicações, Cezar Álvares, a professora Helena Martins e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).
A carta destaca pontos estratégicos para regulação das plataformas digitais, para a regulação da radiodifusão, a universalização da internet e a soberania digital, entre outros. O documento destaca o caráter estratégico do debate de políticas de comunicação para o Brasil, essenciais para a a construção de um país democrático, desenvolvido e soberano.
No texto, as entidades e os comunicadores elencam medidas e sugerem ações que o novo governo Lula, cuja posse ocorre no dia 1º de janeiro de 2023, pode tomar para combater o vazio regulatório e o ambiente midiático altamente concentrado no país. “A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, amparada numa ampla coalizão política de salvação nacional, teve como principal bandeira a defesa da democracia no Brasil. Essa agenda é indissociável da construção de uma comunicação democrática no país”, frisa o documento.
“Temos agora, porém, além do histórico de concentração na propriedade dos meios de comunicação, desafios mais profundos pela frente, seja em função das novas tecnologias digitais e de seu controle por grandes plataformas globais, seja pela intolerância que se aprofundou a partir do discurso de ódio e violência propagado pela extrema direita”, aprofunda o texto.